28 abril 2021
Agilidade e capitalismo consciente no mundo BANI: como estes conceitos convergem
Presenciamos recentemente a Cúpula de Líderes sobre o Clima, onde autoridades mundiais se reuniram para discutir pautas como redução de emissões de gases do efeito estufa e a criação de uma coalizão global para atingir emissões líquidas zero até meados do século, conforme objetivos do Acordo de Paris sobre mudanças climáticas, assinado em 2015. Quando o tema é Sustentabilidade nos negócios e geração de propósito para todos os stakeholders ou partes interessadas, temos construído um caminho de leituras que o auxiliará no despertar para um posicionamento consciente. Temas como ESG ou a Agenda da ONU para 2030 – ODS, o desenvolvimento permanente ou Lifelong learning podem ser conferidos em nosso blog. Neste artigo confira como as organizações podem (e devem!) se manter ágeis e comprometidas não só com seus resultados financeiros, mas com a sustentação de valores e propósitos, no que se denomina “capitalismo consciente”. Liderança Ágil em tempos de BANI Independentemente do segmento, porte ou distribuição geográfica, as organizações precisam se manter preparadas para atuar em um ambiente BANI, com líderes capacitados em soft skills que lhes tragam segurança, estabilidade emocional, fortalecidos em seus valores pessoais e conscientes de sua responsabilidade no desenvolvimento de seus times. Criado em 2018, o termo BANI significa Brittle, Anxious, Nonlinear, and Incomprehensible ou Frágil, Ansioso, Não linear e Incompreensível e fez ainda mais sentido com a pandemia, já que neste contexto, as mudanças, agilidade e colaboração, mais do que necessidade de negócio, são parte de sua sobrevivência. Vamos entender estas siglas e procurar exemplos que possam auxiliar as lideranças junto a seus times: Frágil: somos todos, pessoas, governos e organizações, suscetíveis a situações inesperadas e catastróficas. Um vírus coloca o mundo inteiro em lockdown, uma praga dizima uma plantação que no ano anterior bateu recorde de produção, uma tecnologia nova ocasiona a demissão em massa e a necessidade de reinvenção dos perfis, governantes colocam a democracia em risco em várias partes do mundo, mudanças climáticas trazem perspectiva de escassez de água. A grande verdade é que estamos suscetíveis a fatores externos e somos frágeis diante deles. Reconhecer esta vulnerabilidade e compartilhá-la com os times, de forma transparente, fortalece vínculos e realizações comuns. Como diz a pesquisadora social e autora do livro “A coragem de ser imperfeito”, Bené Brown em sua palestra no Ted Talk: “Vulnerabilidade é o centro da vergonha, da vida e da luta pelo merecimento, mas é a origem da criatividade, pertencimento e amor”. Aos líderes ela sugere “Sejam autênticos e reais e digam “sinto muito, vamos consertar”. E complementa: “Quando nos deixamos ser vulneravelmente vistos, aprendemos a amar de todo coração, sem garantias, praticar gratidão e alegria” Ansiosos: sem perspectivas, nos tornamos temerosos quanto às nossas decisões e podemos até adoecer. “O sucesso da espécie humana se deve à sua capacidade de antecipar o perigo, o que requer uma preparação geradora de ansiedade”, explica Márcio Bernik, médico psiquiatra e coordenador do Ambulatório de Ansiedade do IPQ (Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP) para o blog de Dráusio Varella. A ansiedade é um estado emocional “normal”, no entanto, este estado de sobressalto de que a qualquer momento uma nova notícia ruim pode chegar, pode acelerar transtornos mentais. “Transtorno se refere a algo que desorganiza a vida do indivíduo e gera um sofrimento excessivo. Não consegue sair, manter um emprego, entre outras”, explica o psiquiatra Felipe Corchs, do Programa de Ansiedade do IPQ. Líderes precisam se auto-observar e cuidar das pessoas de sua relação. Aliás, se tem uma lição que podemos tirar deste momento é que a solidariedade e colaboração propiciam muitas realizações coletivas. Líderes devem estar atentos não só à produtividade de seus times, mas procurar acompanhar como estão lidando com a invasão dos escritórios a seus lares, se passaram por alguma situação recente de perda e realmente reforçar a todos a mensagem de que não estamos isolados. Empatia e real interesse são os melhores instrumentos para lidar com a ansiedade. Não linear: sem controle sobre resultados, torna-se difícil entender as conexões a que estamos ligados. A sensação que temos hoje é de sermos protagonistas em um curta-metragem onde os acontecimentos não seguem uma ordem cronológica, dão voltas sucessivas vezes, e o fim parece não estar onde deveria. A ideia de uma linha do tempo contínua em que podemos planejar, definir metas e esperar resultados precisos nunca esteve tão distante. Não é à toa que as organizações reduzem seus períodos de estratégias e acompanhamento de planos. Os efeitos das decisões na economia, questões climáticas e saúde pública podem não ter data para emergir e nem para acabar. Em meio ao caos social, se veem movimentos de solidariedade; em meio à concentração de riquezas nas mão de tão poucos, movimentos como o Capitalismo Consciente, colocando o propósito acima do lucro. Não se sabe quando se irá colher os frutos, mas se segue plantando, se buscando um sentido. “Em um mundo não-linear, causa e efeito são aparentemente desconectados ou desproporcionais”, explica o antropólogo, historiador e criador do termo BANI em abril de 2020, Jamais Cascio. Muito dos problemas de aquecimento global que vivemos hoje são consequência das decisões tomadas pela indústria na década de 80. Assim como os desafios e barreiras impostas pela pandemia ainda têm dimensões incertas no futuro da humanidade. Como as lideranças podem lidar com isso? A melhor estratégia talvez seja o desenvolvimento da competência “flexibilidade cognitiva”. Algo que pode ser traduzido pela capacidade do cérebro para adaptação, seja de conduta, opiniões, diretrizes ou, até mesmo, planos. As ferramentas de controle de metas e objetivos são importantes, mas não devem engessar as demandas que surgem a todo o instante. Incompreensível: tanta informação e tão pouco conhecimento de como usá-la. Dá para entender o descuido que muitos brasileiros têm em relação à pandemia, mesmo com os altos índices de contágios e óbitos, demonstrando claramente a necessidade de isolamento social? Apenas um exemplo de uma atitude incompreensível, ao menos para a parte da população que se mantém seguindo as orientações da ciência. O fácil acesso à informação nos confunde de onde buscar as melhores fontes e a dificuldade de interpretação dos textos e dados, nos prejudica a compreensão do mundo. Para lidar com a falta de compreensão, alguns caminhos indicados passam por transparência, abertura à inovação, aceitação à diversidade e a construção de um ambiente em que as pessoas se sintam seguros para expor suas ideias. Propósito que gera conexão e colaboração “Meu pior cenário é continuarmos a ter um raciocínio de curto prazo”, já disse Jamais Cascio, que, ao contrário de muitos futuristas que vendem cenários de catástrofe global e colapso social, busca soluções plausíveis para contribuir para um mundo melhor. Co-fundador do WorldChanging.com, uma plataforma de fórum de discussão que , como explica seu fundador Alex Steffen, busca “soluções práticas para construir uma sociedade que seja ambientalmente sustentável, compartilhável com todo o mundo no planeta, que promova estabilidade, democracia e direitos humanos e que seja alcançável no espaço de tempo necessário que temos a enfrentar”. Para quem ficou interessado em se aprofundar e levar sua empresa a outro patamar, existem os prêmios World Changing Ideas, da Fast Company, que homenageiam as empresas e organizações que impulsionam a mudança no mundo. Os 26 vencedores e centenas de outros finalistas – selecionados por uma lista de especialistas dos mundos do empreendedorismo social, filantropia, capital de risco, ativismo entre outros – representam o tipo de pensamento inovador que contribuirá para a reconstrução do planeta. Pilares do Capitalismo Consciente Thomas Eckschmidt, diretor geral do Instituto Capitalismo Consciente Brasil., explica o movimento Capitalismo Consciente, que vem se fortalecendo na última década e que “permitirá às empresas a produzirem mais, melhor e com mais qualidade”> Segundo ele, visa um propósito maior do que o lucro, aliás o lucro se torna a consequência deste propósito. São quatro princípios básicos norteiam uma empresa que pratica o Capitalismo Consciente: Propósito, Orientação para stakeholders, liderança e cultura engajadora de transformação. Esta prática na condução de negócios – que há vem sendo aplicada por grandes corporações na última década, cria, simultaneamente, diferentes valores para todas as partes interessadas (ou stakeholders) como financeiro, intelectual, físico, ecológico, social, cultural, emocional, ético e até mesmo espiritual. Nesta concepção, o paradigma tradicional do capitalismo da competitividade acima de tudo é substituído por colaboração; os stakeholders, antes centrados na figura do acionista, se ampliam: “o planeta é um só, a comunidade está inserida no planeta e o negócio está inserido na comunidade. Temos que trabalhar juntos para conseguir melhores resultados, que crie um valor para todos e menos impactos.”, reforçou Thomas. As Lideranças do movimento têm que ter um nível de consciência diferenciado, pois são eles os responsáveis por disseminar uma cultura transformadora junto a seus times. Se engana quem pensa que o capitalismo consciente não gera riquezas e lucro. Empresas que se classificam neste modelo tiveram suas ações valorizadas 10 vezes mais do que a média do mercado nos últimos 15 anos. Rafaella Capal, artista, empreendedora e pensadora da economia criativa e das novas economias no Brasil, resume bem este novo posicionamento organizacional em Como criar um capitalismo improvável: “mais colaboração e menos competição; mais criação e menos consumo; mais distribuição e menos acúmulo; mais presença e menos pressa; mais fluxo e menos controle; mais reuso e menos descarte; mais desenvolvimento e menos crescimento; mais empatia e menos desconexão; mais abundância e menos escassez; mais “nós” e menos “eu””. São 3 os fatores principais do Capitalismo Consciente: 1. A preocupação crescente com a degradação ambiental e com a disseminação da miséria; 2. A conscientização de que a solução desses problemas só será possível com a participação ativa do mundo empresarial; 3. O impulso dado pelas Nações Unidas pelo estabelecimento dos Objetivos do Milênio (desde 2015 conhecidos como Objetivos do Desenvolvimento – ODS) e pela criação do Pacto Global (que definiu os princípios de envolvimento do setor privado na solução dos problemas da humanidade). Dicas da Dynamica: Construa com seu time uma visão de futuro para a organização, com foco em propósito, Trabalhe com propósito, se relacione e valorize negócios com propósito, Compartilhe o propósito entre todos da organização, Fortaleça as lideranças para que vivifiquem o propósito e agilidade na organização, O mundo borbulha, conecte-se com as transformações que acontecem à sua volta, Tenha a Inovação e Mudança como competências de toda a Liderança, Coloque a pessoa no centro das prioridades: empatia e solidariedade fortalecem os vínculos, Propicie um ambiente com tomadas de decisões rápidas, eficientes e contínuas, Crie um ambiente transparente e seguro para que todas as ideias possam ser discutidas. Somos especialistas em estratégia, cultura e mudanças. Conte com a gente! .fb-background-color { background: !important; } .fb_iframe_widget_fluid_desktop iframe { width: 100% !important; }
14 abril 2021
Sua Organização é Ágil?
Uma Organização, ou CNPJ, é um conjunto de pessoas (CPF’s), com um propósito e processos que a levam a atingir suas metas e resultados esperados. Seu posicionamento acompanha a evolução das sociedades e do contexto em que atua: na primeira metade do século XX, por exemplo, a palavra de ordem nas empresas era produtividade, ou seja, máxima produção a custo mínimo. A organização era comparada a uma máquina e seus times também. Em seguida, novas teorias afloraram a necessidade de humanizar e democratizar a administração, em especial, os gestores. Surgiram conceitos como Six Sigma e Balanced Score Card. Ainda no final do século passado a revolução digital teve seu ápice no início dos anos 90 com o surgimento da Internet da forma como a conhecemos hoje (www ou a World Wide Web). A partir daí as mudanças continuaram de forma exponencial. Os últimos 30 anos foram marcados por tantas transformações que as organizações foram comparadas a um organismo vivo, com a necessidade de luta por sua sobrevivência e em constante evolução. Na prática, funciona como um ecossistema da natureza, onde cada parte viva evolui e cria uma inteligência coletiva, resultando na evolução do todo. Estratégia, estrutura e tecnologia devem estar alinhadas, de forma a proporcionar vida longa à organização, que só sobreviverá no contexto atual se tiver em si a competência arraigada de se transformar para evoluir. Veremos neste artigo algumas das principais características presentes em Organizações Ágeis. EVOLUÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES: TORNAR-SE ÁGIL É O DESEJO ATUAL Ao mesmo tempo em que nos deparamos com empresas que já nascem Ágeis, como as Startups, muitas estão em processo de transição, entre o modelo da gestão industrial e novos paradigmas da contemporaneidade, como a Transformação Digital e Indústria 4.0*. Segundo uma pesquisa “Como criar uma Organização Ágil”, publicada em 2019 pela Mckinsey, com 2.500 líderes, poucas empresas atingiram agilidade em todas as suas áreas, mas muitas já estão buscando implementá-la. Para 75% dos entrevistados, a agilidade organizacional ou é a maior prioridade ou está entre as três maiores prioridades, e quase 40% estão realizando uma transformação de agilidade organizacional. Mais de metade dos entrevistados que não haviam implementado uma transformação ágil declaram ter planos de fazê-lo. Das organizações que estão buscando se tornar mais ágeis, algumas começam por iniciativas isoladas ao invés de trazerem este novo posicionamento para suas diretrizes corporativas e sua cultura. “Há um movimento de disseminar a cultura ágil por toda a estrutura organizacional para eliminar barreiras, conectar pessoas de áreas distintas que possam resolver problemas, ter mais contato e cumplicidade com os clientes”, explicou Luciana Lima, do Insper, em matéria para revista Voce SA. Não dá para falar sobre Organizações Ágeis sem tomar como referência o documento Manifesto Ágil, que compreende 4 valores e 12 princípios, lançado em fevereiro de 2001, e que servem como norte às organizações que desejam implementar um modelo organizacional posicionado nos avanços do Sec XX. *Indústria 4,0 engloba as principais inovações tecnológicas dos campos de automação, controle e tecnologia da informação, aplicadas aos processos de manufatura. Manifesto Ágil CONFIRA 8 ASPECTOS PRESENTES EM ORGANIZAÇÕES ÁGEIS: 1. Disputa por profissionais capacitados Organizações Ágeis estão em constante disputa por manterem em seus times os melhores talentos, que são aqueles motivados pelo seu trabalho e sempre em busca de aprender mais, visando à excelência. Manter propostas atraentes, que mobilizem e retenham profissionais com este perfil, é uma tarefa árdua, já que compõem um grupo mais diversificado de pensamentos, origens, experiências e motivações. No último Fórum Econômico Mundial foi divulgado o relatório “Futuro do Trabalho”, de 2020 cuja lista, se comparada há de 2015, valoriza muitas habilidades antes classificadas com menor relevância. Entre elas: “Solução de Problemas Complexos” se manteve em primeiro, seguido por “Pensamento crítico” e “Criatividade” (antes classificada como a última dentre as top 10). Compreender estas novas exigências é um diferencial para quem quer se preparar para ele. Ter uma liderança ágil. que estimula e gera um ambiente colaborativo e dinâmico, é a base para uma cultura que tem como centro as pessoas. 2. Possuem a Cultura de Inovação e Mudança Dado o alto nível de competitividade, exigência dos clientes por qualidade e inovação, demanda dos acionistas por crescimento, rentabilidade e ações de comprometimento de longo prazo, como ESG, além da importância de lidar com um público interno cada vez mais ligado às questões do real propósito e visão social da empresa, vivemos nas organizações a necessidade de desenvolver como uma competência corporativa e parte dos seus valores a inovação e, portanto, a mudança. Toda a Liderança deve ser capacitada a conduzir mudanças, de forma estruturada, assertiva e eficaz. A natureza da organização ágil possibilita mais oportunidades para atuar frente às transformações, mantendo a empresa atualizada e relevante para o mercado. 3. Introduzem Tecnologias Disruptivas Constantemente (Transformação Digital) Nas Organizações Ágeis a tecnologia é integrada a todas as áreas da empresa como um meio de gerar valor e possibilitar reações rápidas às demandas do negócio. Isso significa buscar sempre soluções, produtos e serviços que atendam às necessidades dos clientes, dos colaboradores, de todos seus stakeholders e as mantenham à frente da concorrência. Isso significa a exigência por uma evolução constante das tecnologias, sistemas e ferramentas e da preparação interna para a utilização destas novas tecnologias. 4. Cultura Centrada em Pessoas A cultura de uma organização ágil coloca as pessoas no centro, o que envolve fornecer autonomia para que criem valor de forma rápida, colaborativa e eficaz. Isso só acontece com o investimento nas lideranças para que propaguem esta autonomia ao seu pessoal e promovam seu desenvolvimento constante. O papel da liderança neste contexto é o de compartilhar a visão, auxiliar seu time para que também possam liderar, colaborar e entregar resultados excepcionais. A manutenção da cultura inclui o reforço dos valores, por meio de práticas condizentes aos discursos e a clara responsabilização e liberdade de buscar oportunidades e experiências. Resumindo: colaboradores de organizações ágeis são incentivados a agir como empreendedores e assumir responsabilidade pelas metas, decisões e desempenho da equipe. Outro fator importante é que o ambiente corporativo deve estimular o aprendizado e os ajustes contínuos, o que permite a rápida evolução dos resultados. O aprendizado contínuo, aliás, é parte de seu DNA: todos aprendem com o próprio sucessos e fracasso — e com o alheio — e assim incrementam novas capacidades e conhecimentos. 5. Possuem Ciclos de Decisão Ágeis A construção, ação e aprendizados são realizados em ciclos rápidos, gerando: Tomadas de decisões rápidas, eficientes e contínuas: têm clareza sobre o tipo de decisão que estão tomando e sobre quem deve estar envolvido. Embora todos os membros da equipe sejam incentivados a dar sua contribuição, o ponto de vista das pessoas com maior expertise, não necessariamente vinculado a cargo, mas conhecimento do tema, pesa mais nas decisões finais. Plano estratégico mais curto e com mais etapas de monitoramentos. Ao invés do planejamento, orçamento e revisão anuais algumas organizações estão adotando ciclos trimestrais, sistemas de gestão dinâmicos como objetivos e resultados-chave (OKRs) e orçamento contínuo de 12 meses. Iteração e experimentação rápidas. Equipes produzem um único produto primário (ou seja, um produto viável mínimo) com muita rapidez, geralmente em etapas ou “sprints” curtas. Formas padronizadas de trabalhar: processos, formatos de reunião, linguagem, redes sociais e tecnologias digitais são comuns a todas a equipes. Gestão de desempenho e de consequências: atuam com base em objetivos compartilhados, de ponta a ponta do trabalho e medem o impacto nos negócios, e não as atividades. Transparência: informações têm que ser acessíveis e compartilhadas. Além disso, a abertura e transparência entre os times nas reuniões constantes e curtas cria um ambiente seguro para que todas as questões possam ser discutidas. 6. Foco no Ecossistema Segundo a Fundação Prêmio Nacional da Qualidade, “A Excelência em uma organização depende fundamentalmente de sua capacidade de perseguir seus propósitos em completa harmonia com seu ecossistema”. Este ecossistema são os stakeholders, formados pelos colaboradores, fornecedores, clientes, parceiros, comunidade, entre outros. As organizações ágeis buscam estar cada vez mais próximas aos clientes entendendo suas necessidades em todo o seu ciclo de vida. Para tanto, existem pessoas em todas as áreas da organização posicionadas para observar, individualmente, suas mudanças nas preferências e no ambiente externo – e em agir a partir dessas observações. Eles avaliam regularmente o progresso de suas iniciativas e decidem se devem incrementá-las ou abandoná-las, usando processos padronizados e velozes de alocação de recursos para rapidamente transferir pessoas, tecnologia e capital de negócios lentos para áreas em crescimento. Além disso, garantem que todos estejam focados em entregar valor tangível aos clientes e aos demais stakeholders, fornecendo feedback e coaching frequentes. Em organizações ágeis, há o trabalho conjunto com clientes, fornecedores, acadêmicos, entidades governamentais e outros parceiros em setores existentes e complementares para desenvolver novos produtos, serviços e/ou soluções e trazê-los para mercado. 7. Menos Burocracia e Obstáculos Organizacionais Como a organização é mais dinâmica e adaptável, pode responder mais rápido a todos os desafios que enfrenta. A natureza da organização ágil também empresta menos burocracia e obstáculos, tornando os processos internos mais fluidos, e, consequentemente, mais eficientes, organizados e com menor custo. Outro aspecto que corrobora para reduzir a burocracia é a horizontalidade nas relações e o ambiente de aprendizagem com os erros (e não a busca por culpados, frequente em empresas tradicionais). 8. Gestão Colaborativa e Participativa As organizações ágeis costumam manter uma estrutura estável nos altos níveis, mas ao contrário da estrutura hierárquica tradicional, se valem de uma rede flexível e escalonável de equipes. Os líderes precisam entender estas redes, saber como desenhá-las e construí-las, como estabelecer a colaboração entre elas e como nutri-las e mantê-las. O importante para que estes grupos operem de forma eficaz é a clareza dos papéis de cada um, para que possam interagir em toda a organização e se concentrar no seu trabalho. As decisões devem ser tomadas o mais próximo possível das equipes envolvidas, em fóruns de coordenação altamente produtivos e de acesso restrito. Com cada equipe de trabalho tendo autonomia de decisões, os profissionais seniores, podem se dedicar ao desenho geral do sistema e orientação às equipes. Dica da Dynamica para ajustar a cultura da sua organização a um Modelo Ágil: Construa com seu time uma visão de futuro para a organização, Tenha a transparência com um valor, Dê oportunidade para os funcionários se arriscarem. Inovação e Disrupção não caem do céu, Possibilite um espaço para fomento de novas ideias e invista em novas experiências, Incentive a responsabilidade mútua e colaboração, Mantenha discurso e prática convergentes, não importando o nível hierárquico, Comece com pequenas ações, assegurando o bem-estar do seu time, Crie um ambiente onde o lifelong learning se faça presente, Incentive seus gestores a se capacitar nas competências de um Líder Ágil, Prepare seus gestores para entender as necessidades e motivações de seus times, Encoraje a melhoria contínua, inovação incremental, Renove o pacto com todos da empresa para que no foco das iniciativas esteja sempre a experiência humana. Capacite-se profissionalmente. A partir de 12x R$42,20, seja um líder ágil e capacitado, desejado pelas melhores empresas do mercado. Realize sua matrícula em nosso Curso de Formação e Certificação em Liderança Ágil. Somos especialistas em estratégia, cultura e mudanças. Conte com a gente! .fb-background-color { background: !important; } .fb_iframe_widget_fluid_desktop iframe { width: 100% !important; }
24 março 2021
Liderança Consciente move a empresa em direção à prática ESG
Está no DNA da Dynamica buscar formas de contribuir com as organizações nesta fase de constantes mudanças. Unindo nossa expertise em Transformação Organizacional e Cultura, contamos com o apoio permanente de especialistas em sustentabilidade, meio ambiente e transição justa do trabalho para uma nova economia e criamos soluções para assessorar as organizações na adequação aos indicadores do ESG. Nesta edição do blog trouxemos algumas reflexões com a ajuda e esclarecimentos de nosso convidado Ricardo Young, um dos principais líderes do empreendedorismo socioambiental do país. Uma conversa rica sobre a importância da sustentabilidade para os negócios e os caminhos para os primeiros passos. A relação entre ESG (do inglês Environmental, Social and corporate Governance), programas de Responsabilidade Sociais, ODS e Capitalismo Consciente. Despertar da consciência socioambiental Segundo Ricardo, sua história o levou a uma consciência da diversidade desde sempre: “Dirigi uma organização de franquias – o Yázigi – e este sistema é sociocrático por definição, não há uma relação hierárquica e para correr saudável tem que incorporar os franqueados na gestão. O primeiro documento da Associação Brasileira de Franchising foi o código de Ética.” Nas organizações ainda há um caminho a percorrer deste despertar, mas segundo Ricardo, como parte natural da evolução: “Na década de 80, quando fundamos o Ethos, 1os movimentos importantes de responsabilidade social, falávamos de indicadores, mas não tínhamos clareza do quanto eles deveriam estar internalizados na gestão da organização. Isto melhora na segunda metade da década de 2000 quando começamos a medir o impacto de carbono e em 2010 o impacto hídrico. São vários conhecimentos adquiridos ao longo do caminho, que agora entram nas pautas dos conselhos. Mas não é só fazer; é ser, antes do fazer. Sustentabilidade não se faz, você é ou não é sustentável”, pondera. Ele explica que ainda não é parte da formação dos gestores das organizações o conhecimento dos fundamentos das dimensões social e ambiental, mas o mundo vem evoluindo e hoje as empresas devem dominar e se capacitar nas métricas para medir seu impacto ambiental e social. Para isso, a empresa precisa de uma governança que tenha esta visão sistêmica e que inclua esta métrica na gestão da organização: “É pressuposto que toda empresa conheça o básico da economia, dos fundamentos econômico-financeiros de uma organização, mas não que entenda a dimensão social e a dimensão ambiental. Não são conhecimentos banais – o que é mudança climática, quais são os indutores de uma mudança climática, o que é esta crise climática, como atinge sistemicamente os negócios, os mercados, quais são os indicadores das mudanças climáticas; se você está positivou ou negativo em relação ao tema. No âmbito social, entender o que é desigualdade, quais são os elementos que determinam a desigualdade, o que a empresa pode fazer para mitigar a desigualdade além da promoção da diversidade e da inclusão social ou da filantropia. Como uma empresa pode atuar na sua cadeia de negócio ou na sua atividade fim para promover a igualdade social ou mitigar a desigualdade”. O líder consciente vê o coletivo primeiro “Relações de qualidade são aquelas que não se rompem pela mudança das circunstâncias ou pelo erro das partes.”, esta frase de Max Feffer, que foi diretor-presidente do grupo Suzano até 2001 e chegou a ser considerado o 5º homem mais rico do Brasil – demonstra o posicionamento de um líder que entende que o interesse genuíno pelo outro é a base de uma conexão forte e resiliente, que se adapta às mudanças das circunstâncias. “O outro pode errar, as circunstâncias podem mudar e vitimizar o outro, mas deve-se procurar entender de que forma o vitimizou e não o acusar. O Líder inspirador tem um propósito que vai além do seu interesse individual, do seu objetivo profissional e procura, em todos os campos da sua vida realizar algo para o coletivo, não importa sua dimensão. Pode ser só para seus poucos funcionários. Associo a liderança inspiradora àquela que ao colocar a prioridade no outro cria as condições para que ele se desenvolva. Líder inspirador é um cultivador de talentos.”, pondera Ricardo. E, complementa: “Um líder inspirador, com propósito, sobretudo vê o coletivo primeiro, tem permanentemente a questão de como fazer o que faz de modo a criar mais valor para as pessoas – seja cliente, fornecedor, colaborador. Tive experiências incríveis de momentos em que fornecedores não conseguiam atender as demandas e passavam por maus bocados e ao invés de penalizá-lo, procurávamos entender seu problema. O dia em que eu tive problemas de fluxo de caixa, numa crise da década de 80 quem nos ajudou foram os fornecedores.”. Como manter e sustentar uma cultura de responsabilidade socioambiental nas organizações? “A partir do momento em que a organização é eficiente, eficaz, dá resultado, existe para quê? Criar uma visão de futuro, não do dono, mas construída por todos é o que mantém a determinação. Quando sonhamos juntos, este sonho pertence a todos e sua realização é uma ambição de todos.” Capitalismo consciente: conceitos e práticas Eleito o prêmio nobel da paz em 2006 e considerado o criador do microcrédito na década de 70, Muhamed Yunos, costuma dizer que uma empresa é um dos engenhos mais sofisticados da inteligência humana. Pena que seja usada apenas para fazer dinheiro. Como um fundador de um banco e um empresário, com mais de 50 empresas em Bangladesh pode mencionar isso? Por experiência. Suas empresas são a maior parte sociais (não se limitam ao lucro), seu banco bem diferente dos tradicionais, é focado na concessão de microcrédito a produtores rurais pobres, em sua maioria mulheres. O Prêmio Nobel da Paz, de acordo com o comitê responsável pela premiação, foi um reconhecimento “aos seus esforços para gerar desenvolvimento econômico e social a partir da base, contribuindo para o avanço da democracia e dos direitos humanos”. Capitalismo e Consciência podem caminhar juntos. O acadêmico que desenvolveu esta pesquisa chama-se Raj Sisodia. Reconhecido internacionalmente por ter desenvolvido trabalhos pioneiros em marketing e estratégia de negócios, ética em marketing e produtividade, gestão de stakeholders e liderança, foi o co-fundador da ONG americana Conscious Capitalims Inc. Difunde a filosofia sobre condução de negócios de forma mais humanizada e consciente; quando uma empresa pensa no lado humano de seus colaboradores antes mesmo de pensar na escala e no lucro. No Brasil, existe a ONG Instituto Capitalismo Consciente Brasil (ICCB), que realiza eventos e publica materiais para difundir o tema. ODS e Pacto Global: mobilização das organizações e sociedade civil Você sabe o que é ODS ou Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, da ONU? Você os leu do início ao fim? Como a sua empresa pode contribuir para alcançá-los? Em 2015, a ONU propôs aos seus países membros uma nova agenda de desenvolvimento sustentável para os próximos 15 anos, a Agenda 2030. Os ODS são compostos por 17 objetivos e 169 metas. Nesta agenda estão previstas ações globais nas áreas de erradicação da pobreza, segurança alimentar, agricultura, saúde, educação, redução das desigualdades, energia, água e saneamento, padrões sustentáveis de produção e de consumo, mudança do clima, crescimento econômico inclusivo, infraestrutura, industrialização, entre outros. São 4 os temas que envolvem os ODS: social, ambiental, econômica e institucional. “As ODs talvez sejam o maior e mais significativo conjunto de políticas públicas e privadas que possui alto grau de consenso no mundo inteiro. São efetivamente a melhor resposta civilizatória para a ameaça climática e da decomposição da democracia em função da desigualdade social. Além de serem Objetivos de políticas públicas e privadas são também um repertorio ético que baliza o comportamento da política e das empresas em relação à sociedade”, considera Ricardo. Ele também aponta que suas metas concretas funcionam como o melhor fio condutor de uma estratégia ESG: “ESG e ODS são absolutamente interdependentes. Não dá para pensar num mundo com aquelas ODS sem empresas ESG e ESG só passa a ter sentido se der respostas aos objetivos do desenvolvimento sustentável”. Então se sua empresa quer implementar estratégias ESG, ler as ODS é um bom início. O setor privado tem um papel essencial nesse processo e o Pacto Global é o principal canal da ONU de sustentabilidade corporativa do mundo, com mais de 16 mil membros, entre empresas e organizações, distribuídos em 69 redes locais, que abrangem 160 países, segundo o seu site. Com a missão de engajar as empresas para esta nova agenda de desenvolvimento, realiza iniciativas como a Liderança com Impacto incentivando líderes (CEOs) a alinharem suas estratégias e operações ao atingimento das ODS. As empresas inscrevem os seus CEOs para integrarem a iniciativa e as candidaturas são avaliadas a partir de critérios de engajamento e integridade. Ao mostrar interesse em fazer parte, a empresa indica um ODS no qual o seu presidente irá se posicionar com mais ênfase e descreve o que vem fazendo para contribuir com o avanço deste objetivo específico. Carta da Terra: outra referência importante quando o tema é responsabilidade socioambiental A redação da Carta da Terra foi feita por um processo de consulta aberto e participativo jamais realizado em relação a um documento internacional. Milhares de pessoas e centenas de organizações de todas as regiões do mundo, diferentes culturas e diversos setores da sociedade participaram. Por dois anos, ocorreram reuniões que envolveram 46 países e mais de 100 mil pessoas, desde favelas, comunidades indígenas, universidades e centros de pesquisa, até que, em março de 2000, no espaço da Unesco, em Paris, foi aprovado o texto final da Carta da Terra. “Para mim, o correspondente da declaração universal dos direitos humanos hoje é a carta da terra”, declara Young. “Além do texto belíssimo, nos faz refletir sobre o nosso papel social no mundo”. A Carta da Terra é uma declaração de princípios éticos fundamentais para a construção de uma sociedade global justa, sustentável e pacífica. Busca inspirar todos os povos a um novo sentido de interdependência global e responsabilidade compartilhada voltado para o bem-estar da humanidade e das futuras gerações. Ricardo Young mantém as esperanças na evolução e cada vez maior abrangência aos movimentos de consciência individuais e coletivos: “Embora a política atual esteja muito atrasada e regredindo em relação aos ODS e incentivos a adoção a estratégias de ESG, a sociedade civil e o meio empresarial não estão, têm se mobilizado, mantido o trabalho de divulgação e se unido a questões que não podem mais ser ignoradas, pois estão diretamente ligadas à continuidade da vida e a uma consciência coletiva”. DICAS DA DYNAMICA Comece com pequenas ações, assegurando o bem-estar do seu time Desenvolva um interesse genuíno pelo outro Construa com seu time uma visão de futuro para a organização Eduque-se para um desenvolvimento sustentável: veja as referências deste blog Examine seus valores: o que você tem feito em prol do coletivo? O seu discurso e prática estão condizentes? Em todas as suas dimensões de atuação? Alinhe-os. Somos especialistas em estratégia, cultura e mudanças. Conte com a gente! Ricardo Young é empresário, um dos fundadores e foi presidente do instituto Ethos e da ABF – Associação Brasileira de Franchising. Professor no tema de ética e integridade, no Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, destacou-se na defesa da Sustentabilidade, como um dos disseminadores da Carta da Terra no Brasil. Participou da fundação do Movimento Nossa São Paulo e do Fórum Amazônia Sustentável. Hoje é um dos principais líderes do empreendedorismo socioambiental do país. Preside o Conselho deliberativo do Ethos e o Instituto Democracia e Sustentabilidade. É sócio-diretor na Culture, Transitions and Integrity, especializada em desenvolvimento e arquitetura organizacional. .fb-background-color { background: !important; } .fb_iframe_widget_fluid_desktop iframe { width: 100% !important; }
10 março 2021
Liderança em pauta e na prática
A liderança é um dos fatores que define o sucesso de uma empresa. Além de conduzir junto com o time as iniciativas, sempre alinhado às estratégias, o líder motiva, engaja e traz a equipe para contribuir para o sucesso da organização. Uma pesquisa da consultoria de recrutamento Michael Page revelou que 8 em cada 10 profissionais pedem demissão por causa dos chefes. Outro levantamento do Instituto Gallup, empresa americana de pesquisa de opinião, mostra que o mau relacionamento com os gestores é o principal motivo que leva 75% das pessoas deixarem seus empregos. Uma ressalva: enquanto liderança é uma competência, que pode (e deve!) ser desenvolvida, ser chefe ou gestor é um status corporativo situacional, decorrente da estrutura organizacional. Há bons chefes ou gestores, que cumprem as metas e levam resultados para suas empresas, mas que ainda precisam desenvolver algumas habilidades de um líder. Lyrian Faria, sócia-diretora da Dynamica Consultoria, considera que ser líder é uma jornada de aprendizado, de estar todos os dias atento a si mesmo e às pessoas no seu entorno: “Trabalhamos com as pessoas, para as pessoas e por meio das pessoas. Na prática, estamos aqui para aprender, errando muito, questionando mais ainda e buscando as respostas junto com o time”. Ela ainda ressalta que “é importante que o profissional realmente queira se desenvolver, entenda que é importante para si e para quem o acompanha. Isto porque o maior recurso do líder é dar atenção ao outro; atenção é tempo, é cuidado. Pode parecer simples, mas não é”. O líder olha para o futuro e tem que estar no futuro. A Dynamica, por exemplo, decidiu que precisava se reconstruir. “Costumo reforçar: em casa de ferreiro o espeto é de aço! Tem que ser, senão o negócio não se sustenta. Discurso e prática têm que ser convergentes nas organizações. Foi por este motivo que decidimos trazer a consultoria para a gestão 3.0, para o colaborativo, de forma mais transparente”, conta Lyrian. Este processo de reconstrução teve início antes da pandemia e foi acelerado logo que ela começou. Dele surgiu um novo logo, um novo posicionamento estratégico, um novo site, uma nova forma de interagir e a intenção de trabalhar ainda mais fortemente auxiliando no Desenvolvimento Humano nas Organizações. Muitos gestores chegam despreparados para cumprir suas responsabilidades ao serem promovidos. Em outra pesquisa do Gallup, com mais de 2.5 milhões de gestores em 195 países, 70% dos respondentes não estavam preparados para cumprir a sua função. As empresas, em sua maioria, não equipam os gestores e nem sabem como ou porque fazê-lo. O principal critério para promover um funcionário a gestor ainda é sua habilidade técnica ou tempo de casa, o que não é suficiente para alguém ocupar a cadeira de gestão. Mas afinal, o que a empresa ganha ao desenvolver a competência de liderança em seu time? Muitas são as vantagens e selecionamos 5 bem relevantes: Capacidade em lidar com mudanças: a única constante que as empresas possuem é a de que precisam se adaptar a novos cenários e situações para se manterem competitivas. O líder sabe disso, se aperfeiçoa e prepara seu time para atuar no novo modelo de trabalho. Habilidade de atrair e manter profissionais de alta performance: um líder motiva seu time, o escuta, considera suas contribuições e compartilha os bons resultados. Isso torna o ambiente atrativo e gratificante. Visão de Incentivar a adoção dos valores organizacionais: como já mencionamos, uma cultura organizacional baseada em valores se torna mais forte. Cabe ao líder compartilhar os objetivos da empresa, missão, visão e valores e motivar seus times a adotá-los em todas as iniciativas. Generosidade para dar feedback e humildade para ouvir: ser líder vai além de saber se comunicar, deve-se ter a intenção de formar e ensinar seu time como buscar se melhorar constantemente, por meio de feedbacks respeitosos e construtivos. Com foco nas pessoas, a consequência são melhores resultados: o líder deve se manter em contínuo processo de formação (ou lifelong learning) e incentivar o seu time a fazer o mesmo, seja por meio de cursos, lives, leituras, mentorias. Aumentando sua bagagem, terá instrumentos para uma gestão mais eficaz. “Juntos somos quase um” Esta frase é do Dr. Paulo de Mello, coordenador do curso “Aperfeiçoamento em Neurociências aplicadas à Psicanálise”, do GEPECH (Grupo de Estudo e Pesquisa em Comportamento Humano) e sintetiza bem a postura que os líderes devem adotar em suas empresas. Apenas com o esforço coletivo, de um time diverso e complementar, se chega a resultados de excelência. “Quanto mais a gente percebe que sabe pouco e que tem muito a aprender, mais humilde fica. É importante que o líder se lembre sempre que é apenas um grão em meio a meio bilhões de galáxias”, ilustra Lyrian. Bons líderes deixam o ambiente de trabalho mais leve e participativo, pois criam oportunidades de debates. Com isso, incentivam a ampliação da percepção, constroem a confiança, criam vínculos e uma relação emotiva com o grupo. Sabem ouvir, identificar, valorizar e reter talentos na empresa, além de incentivar o desenvolvimento de suas habilidades. As lideranças lidam a todo instante com um outro aspecto essencial, porém nem tão visível e mensurável: a emoção. Não é à toa que o Inteligência Emocional sempre encabeça os soft skills (competências comportamentais) que os líderes devem possuir ou desenvolver. Segundo Goleman, autor que vem estudando o tema, “inteligência emocional trata-se da capacidade de identificar nossos próprios sentimentos e os dos outros, de motivar a nós mesmos e de gerenciar bem as emoções dentro de nós e em nossos relacionamentos”. Conhecer bem a si mesmo é o primeiro passo para o desenvolvimento de um líder. O modo como cuidamos de nós mesmos diz muito a respeito sobre como lidamos com o outro e já dissemos que liderar é, acima de tudo, cuidar do outro. Vale conferir as matérias que preparamos sobre Desenvolvimento dos líderes ou sobre Mentoria. A Dynamica possui uma trilha de formação de líderes, que acontece desde a avaliação comportamental ou assessment até workshops in company, mentorias e capacitações. Nunca foi tão difícil liderar Já tratamos em um blog anterior os desafios e caminhos para a liderança. Vale conferir e aprofundar a reflexão de como neste momento de incerteza, medo, insegurança e relacionamentos remotos o papel do líder se torna ainda mais fundamental para manter a coesão do time, engajamento e foco nos valores da empresa. O enfoque na produtividade e entrega de metas e resultados não pode ser mais importante que a busca por novas formas de socialização e o cuidado com o time. O cenário atual tem forçado as empresas a se adaptarem e isso também aconteceu com a Dynamica: “Como muitos outros líderes, eu me vi obrigada a aprender várias coisas, desde controle do caixa, lidar com webinar e novas tecnologias para reuniões à distância entre outros. Tive receio, mas acho que o líder passa mais rápido pela crise porque aceita mais riscos, erra, arruma e recomeça, no menor tempo possível”, conta. Os profissionais também tiveram suas vidas mudadas, levaram os escritórios para casa e passaram a compartilhar suas vidas pessoais com os colegas de trabalho. Somado a isso, a pressão diária por cumprimento de metas, demandas por horas extras e a necessidade de rápidas tomadas de decisão e gestão de conflitos vêm ocasionando um esgotamento físico e emocional acima da média. O cuidado com a mente foi assunto do Encontros para mudança realizado pela Dynamica em fevereiro e novas oportunidades de debates acontecerão ao longo do ano. Confira a Programação. Na edição de fevereiro/21 da revista Exame, a matéria de capa discute o tema do Burnout (na tradução significa “queimar até o fim”) e divulgou um estudo da consultoria Isma-BR e Betânia Tanure Associados sobre como o nível de estresse aumentou em todas as posições de liderança, comparando os anos de 2018 com 2019. Este estudo mostra que 72% dos trabalhadores brasileiros têm alguma sequela produzida pelo estresse; 30% sofrem com a Síndrome do Burnout e destes a metade desenvolveu também a depressão. Em situações de estresse excessivo, o Líder precisa buscar apoio, preservar sua sanidade mental e levar em consideração que se não estiver equilibrado e saudável não terá condições de manter-se ativo e muito menos dar o devido suporte ao time. Eis algumas sugestões: Busque apoio psicológico: estamos em um momento propício para acabar com preconceitos relacionados a tratamentos terapêuticos. Não se trata de uma opção apenas para portadores de distúrbios mentais. Todos podem (e devem) recorrer a ela, inclusive como complemento ao autoconhecimento. Foque no que pode atuar: as preocupações têm atrapalhado seu sono? Separe-as em grupos do que você pode ou não atuar. Desapegue do que estiver fora da sua alçada de decisão, como o aumento de casos de Covid-19 no Brasil, por exemplo. Reflita no que você pode fazer como líder. Reserve momentos para você: é muito comum líderes reclamarem que estão trabalhando o dobro agora que estão em home office. Separe um tempo para exercícios, a prática de meditação, leitura de um livro. Desconecte-se um pouco das mídias sociais, grupos de WhatsApp e excesso de informações. Mantenha a conexão com seu time: mantenha os fóruns que tinha no presencial com seu time (reuniões com a equipe, one-on-one,happy-hours) e sempre crie oportunidades de diálogo. Líder não é um super herói Temos a tendência de projetar no líder uma imagem de herói e o que é pior, muitos se veem assim. Parte disto ocorre como resultado das listas intermináveis de características atribuídas a eles ao longo dos anos: carisma, confiança, honestidade, grandes comunicadores, pensadores visionários, fazem acontecer, possuem assertividade, escuta ativa e tantos outros. Quem consegue corresponder? “Não existe um líder super herói, a menos que haja uma equipe completa de super-heróis, pois é o time que traz os resultados”, complementa Lyrian. O líder é realmente eficaz quando conhece, desenvolve e aplica suas forças. Em outras palavras, em vez de se concentrar nos pontos a desenvolver, sabe tirar proveito do que tem de melhor, ou seja, suas forças. Os melhores resultados são alcançados quando a liderança se mostra autêntica, vulnerável, verdadeira e, como já dissemos, possui a humildade de entender que não sabe tudo, mas conta com sua equipe para embasá-lo e um propósito que a mantém apaixonada e focada. Dicas da Dynamica Quer se tornar um líder mesmo sabendo que o caminho é árduo e o reconhecimento nem sempre vem junto com as responsabilidades? Eis algumas sugestões: Leia e siga pessoas que te inspiram Ouça mais as pessoas, mesmo as que não te inspiram Aprenda a fazer perguntas e evitar dar as respostas. Perguntas geram reflexões Estude sempre um pouco mais. É necessário ter repertório para “sair da caixa” Arrisque-se a fazer diferente e a ter um olhar sob um diferente ângulo Lide com as pessoas com delicadeza e respeitando a diversidade de opiniões Dê feedback quando considerar que pode ajudar no desenvolvimento do outro Peça feedback a seus liderados e os deixe confortáveis para dá-lo Tenha controle emocional para lidar com situações adversas Busque as ferramentas para se conhecer em profundidade e se manter são. Conheça o trabalho que a Dynamica Consultoria exerce para o alinhamento e transformação de Cultura Organizacional nas empresas. Somos especialistas em estratégia, cultura e mudanças. Conte com a gente! .fb-background-color { background: !important; } .fb_iframe_widget_fluid_desktop iframe { width: 100% !important; }
24 fevereiro 2021
Segurança da Informação em Tempos de Fake News
Diferente do que possamos pensar, a informação falsa, hoje chamada de Fake News, já faz, há muito tempo, parte da nossa história. Desde algumas obras literárias medievais que apresentaram em suas entrelinhas inverdades sobre fatos e pessoas, desafetos dos escritores, até o jornalismo profissional, que sofreu em certos momentos com o “fantasma” da desinformação e da constante presença do sensacionalismo. Impedir que notícias falsas prejudiquem a sociedade sempre foi um desafio. Com a evolução tecnológica e o surgimento da internet, a divulgação de conhecimento e informação aumentou exponencialmente, tanto no alcance demográfico como na velocidade. Fatos que aconteciam em um lugar e levavam dias para serem conhecidos por pessoas de outro lugar são divulgados instantaneamente na internet e acessados por milhões de pessoas, muitas vezes, através das redes sociais. A tecnologia conseguiu diminuir barreiras e tornar a informação disponível para qualquer pessoa de uma maneira fácil e rápida. Contudo, na mesma proporção, o antigo fantasma da desinformação cresceu e o desafio de impedir que ele prejudique as pessoas é, a cada dia, mais difícil. Um pouco da evolução tecnológica A evolução tecnológica das últimas décadas é, indiscutivelmente, um advento sem precedentes. Enquanto a fase da evolução tecnológica mecanizada e industrial levou cerca de 300 anos para se consolidar (do fim da Idade Média até a metade do século XX), a evolução do que chamamos de fase de automação ou tecnologia de ponta levou apenas 40 anos para se estabelecer, tendo seu fim marcado nos anos 90 onde começamos a nos preocupar, tardiamente, com os efeitos que essa evolução causa ao meio ambiente, iniciando-se então a fase de tecnologia limpa e sustentabilidade. Dentro dessa nova fase, podemos perceber uma evolução tecnológica muito mais acelerada. Desde o surgimento do Google, no final dos anos 90 até hoje, são apenas 25 anos. Nesse período, a internet se consolida como a ponte para a globalização. Comunicar-se nunca se tornou tão fácil e atrativo. Aplicativos de comunicação por texto foram criados e a distância já não era mais barreira para aproximar pessoas. Com o tempo, a tecnologia permitiu que não somente pessoas conhecidas poderiam se comunicar, mas a humanidade poderia conhecer uns aos outros, numa rede de pessoas com particularidades similares, com costumes, gostos e aptidões parecidos. Nasce o Orkut. Nesse momento, a popularização da tecnologia teve como entrave a dificuldade de acesso aos equipamentos, aos computadores. Como fazer que as pessoas tivessem acesso fácil à internet e esse universo que permitiria a comunicação em massa? A palavra comunicação remetia à outra grande evolução tecnológica, a telefonia móvel. Então, porque não adaptar os aparelhos celulares para serem “minicomputadores” capazes de tornar essa comunicação mundial mais efetiva e popular? Surge então o smartphone, o iPhone e os apps. A tecnologia estava, literalmente, à mão de todos. Além da tecnologia O breve relato sobre a evolução tecnológica nos últimos anos e a sua popularização pode nos remeter a um pensamento: a tecnologia é a grande vilã no cenário atual da desinformação, da disseminação das Fake News. Esse, com certeza, é o caminho mais fácil para tentar justificar um dos grandes males atuais da humanidade que, conforme mencionado pelo CEO da Apple, Tim Cook, “está matando a mente das pessoas”. Como toda evolução que traz, junto com os inúmeros benefícios, grandes problemas, a tecnológica não poderia ser diferente. Contudo, uma das evoluções mais importantes não aconteceu, principalmente em países como o Brasil: a evolução educacional. A leitura e interpretação de textos, com reflexões sobre determinados assuntos, se tornou coisa do passado e, com isso, a informação falsa se tornou “verdade”, principalmente quando alinhada com alguma crença pessoal. Essa tendência é chamada de viés de confirmação onde aceitamos qualquer informação que confirme ser verdade algo que acreditamos e que ignoremos quaisquer informações que sejam contra essa crença. Vale lembrar que essa evolução educacional não está somente ligada ao sistema de educação, mas, também, na formação de base onde incluímos a família. Nessa formação devemos incluir o uso responsável da tecnologia como um meio de exercer a cidadania e de adquirir e transformar conhecimento. Ao receber uma informação, muitas pessoas não analisam se é realmente verdade, qual a fonte dessa informação, se a pessoa que enviou tem por padrão enviar mensagens sem analisar. A facilidade e velocidade que a informação ficou disponível a todos, criou uma banalização sobre a importância que esta tem para formação de opinião e de mudanças no comportamento da sociedade. O comportamento em relação às informações falsas ratificou o uso da palavra “pós-verdade”. Um neologismo para descrever a situação na qual algo que parece ser verdade é mais importante que a própria verdade, ou seja, para a formação de uma opinião pública sobre determinado assunto, os fatos objetivos têm menos influência do que os apelos emocionais. E seguindo esse apelo, as notícias falsas atraem mais e mais pessoas que, sem o senso crítico sobre a informação, ajudam na sua divulgação criando um ciclo vicioso de desinformação. Com certeza, a tecnologia tem grande responsabilidade nesse cenário, possibilitando a propagação de Fake News através de redes sociais, aplicativos de mensagens e até mesmo e-mails falsos. No entanto, ela também é o canal de combate a essa cultura. Nos últimos anos, várias ações foram feitas para que a segurança de informação tenha um papel fundamental nos crimes que envolvem as Fake News, evitando prejuízos a sociedade. Os crimes por trás das Fake News Além de todos os males que a divulgação de Fake News causa à sociedade como a legitimação da violência, o preconceito, o descrédito à ciência e muitas outras, as mensagens falsas também permitem crimes cibernéticos, como roubo de informações confidenciais, vendas falsas e desfalques financeiros. Segundo uma pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo, em 2018, um dos maiores canais de divulgação de Fake News são os grupos de família criados no aplicativo WhatsApp. Muitas dessas mensagens são transmitidas através de imagens ou vídeos que, ao serem acionados, disparam códigos maliciosos (malware) que infectam os aparelhos com vírus que roubam informações e realizam fraudes. Também, muitas dessas notícias podem conter links que direcionam para sites que hospedam essas notícias e neles contém iscas para cliques (os chamados Clickbait) com mensagens apelativas que induz o usuário a clicar e, consequentemente, permitir o acesso a informações gravadas no equipamento como senhas e informações financeiras que possibilitem fraudes, além da lista de contatos que possibilita aumentar a abrangência da sua ação criminosa. Além das mensagens, as Fake News podem ser enviadas através de e-mails, contendo também códigos maliciosos. Essa maneira afeta, em grande parte, os ambientes corporativos. Funcionários que ainda não aplicam boas práticas de segurança de informação clicam nesses e-mails e, com isso, podem ameaçar toda a rede da empresa, se esta não estiver devidamente protegida. Contatos de clientes e fornecedores também podem ser roubados e, até em alguns casos, redes compartilhadas entre empresas podem ser portas de ataques criminosos. Ainda estamos longe de uma cultura de uso consciente da tecnologia. Com isso, a segurança da informação tem um papel fundamental na proteção de dados das empresas e das pessoas. O papel da segurança de informação A disseminação das Fake News trouxe um grande desafio relacionado à segurança de informação. Qualquer usuário, atualmente, pode ser uma porta de ataque às empresas e, com isso, as políticas de segurança tiveram que compor regras mais rígidas de acesso às redes por dispositivos móveis dos seus funcionários. As informações digitais se tornaram um dos principais produtos na era atual. Com a velocidade que as informações são transmitidas na internet e redes sociais, elas podem ser lidas por milhões de pessoas e, também, podem ser manipuladas e usadas para fraudes e uso indevido de dados. A preocupação com essas informações e a forma que os dados pessoais são compartilhados na internet motivou a criação da Lei Geral de Proteção de Dados, que estabelece princípios e critérios para coleta, armazenamento e compartilhamento de dados pessoais. A implementação das melhores práticas direcionadas pela LGPD minimiza os riscos de ataques e de uso indevido de informação além de promover a transparência na guarda e uso de dados pessoais evitando a prática de crimes cibernéticos. Além do investimento em ferramentas, serviços, criação de regras e níveis de acesso, as empresas devem ter como meta em sua política de segurança de informação manter uma comunicação ativa e recorrente para disseminar a cultura de uso consciente da tecnologia pelos colaboradores. Apresentar os riscos que traz a desatenção a certos cuidados no dia a dia e ativar o senso de urgência sobre as mudanças de comportamento necessárias para que prejuízos pessoais, como roubo de informações e fraudes, sejam evitados. A conscientização sobre a gravidade da disseminação de Fake News é essencial. Muitas pessoas não têm a dimensão do que essa prática está causando à sociedade, não só relacionado a prejuízos financeiros, mas ao comportamento humano, com riscos para a saúde pública, incentivo ao preconceito e violência. Dicas Dynamica: Qual o seu papel? Vimos que a tecnologia e a segurança de informação são essenciais na guerra contra a desinformação pela disseminação de Fake News. Contudo, o papel mais importante é o nosso que consome essa tecnologia e a informação que transita por ela. Dar atenção a alguns detalhes simples podem fazer toda a diferença e ajudar na mudança de cultura sobre o compartilhamento de informações: Considere a fonte da informação: é importante analisar a fonte que enviou a informação, qual sua motivação e se costuma enviar mensagens duvidosas Leia além do título: a maioria das Fake News apresenta um título falso, dando um entendimento totalmente diferente do contexto real da informação. Confira os autores: pesquise se realmente existem e se são confiáveis Procure outras fontes da informação: pesquise sobre a informação em outras fontes, principalmente em canais confiáveis de notícias Verifique a data de publicação: muitas Fake News usam fatos antigos para confundir os leitores e proliferar informação indevida Eleve seu pensamento crítico: analise a informação antes de encaminhar ou publicar em suas redes sociais. Lembre-se que você é um influenciador em sua rede social e isso traz uma grande responsabilidade. Se tiver dúvida sobre a informação, não compartilhe. Não passe adiante informações que não tenha certeza de que sejam verdadeiras, mesmo que possam parecer interessantes. Evite distribuir informações falsas que podem causar danos a pessoas e empresas, à sociedade. Estamos preparados para adequar sua empresa a nova Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e guiá-la a conhecimentos e práticas corporativas fundamentais para manter o alinhamento do propósito, visão e objetivo da sua Cultura Organizacional. Somos especialistas em estratégia, cultura e mudanças. Conte com a gente! .fb-background-color { background: !important; } .fb_iframe_widget_fluid_desktop iframe { width: 100% !important; }
10 fevereiro 2021
LGPD na prática: como organizações estão se adequando
As empresas não têm mais tempo a perder. A LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados – Lei nº 13.709/2018) está em vigor desde setembro de 2020. Como não existe prática sem teoria, antes de falar como as empresas estão se preparando, é importante resgatar alguns conceitos. Confira as etapas para esta adequação em nosso blog. Esta lei foi um marco regulatório em relação à privacidade e proteção de dados pessoais no Brasil. Suas bases estão centradas nos direitos à liberdade e à privacidade das pessoas e proteção de dados. Ainda há um longo caminho de mudança na forma de pensar e agir. Quer um exemplo? Quantas vezes você leu uma política de privacidade ou termos de uso até o final antes de autorizar a continuação de uma compra online? “Dados são o novo petróleo” Esta frase, que vem agitando o mundo dos negócios, foi criada por Clive Humby, um matemático londrino especializado em ciência de dados e tem sido repetida por consultores, executivos e interessados em transformação digital. Em tese, representa o alto valor atribuído aos dados e a quem souber fazer bom uso deles e aproveitar todo seu potencial. Falar sobre LGPD começa por contextualizar os motivos pelos quais se fez necessária a criação de uma lei que protegesse os dados pessoais*. Isto porque dados são transformados em informações e, após tratadas, manipuladas e analisadas são utilizadas como conhecimento e inteligência empresarial, que direciona as ações da empresa, voltadas à obtenção do lucro. Estatisticamente, quanto mais orientada a dados uma empresa, mais produtiva é. *Dados pessoais são quaisquer informações que permitem identificar um indivíduo. Pode ser o nome, o apelido, informações sobre renda, consumo, hábitos de navegação, preferências, cidade e endereço residencial, um endereço de IP, dados de localização etc. A LGPD chegou para estabelecer as “regras do jogo” a empresas e órgãos públicos na era do big data: ao mesmo tempo em que compreende a importância dos dados para o desenvolvimento econômico, inovação e empreendedorismo, respeita as garantias e direitos das pessoas ao regular o tratamento de dados, desde o momento de coleta, armazenamento, utilização até o seu compartilhamento. Evite a procrastinação: a lei já está em vigor! Se a empresa vai ou não se adequar a LGPD não é mais uma pauta a ser decidida em reunião executiva, mas sim, “quando e quais os passos a considerar”. O programa de adequação à nova lei é um processo. Uma analogia de fácil assimilação seria a comparação com uma forte dor, ou seja, você está consciente da sua dor. Vai ao médico, que vai te examinar, pedir uns exames, após o mapeamento dos seus sintomas, chegará em um diagnóstico e dará o resultado. Conhecendo o que tem, terá que fazer um plano de ação para o tratamento (remédios, reeducação alimentar…). Após o tratamento, volta no médico, averigua se os sintomas sumiram e monitora, por um tempo, para ver se o tratamento funcionou. Assim acontece em um programa de adequação de uma empresa à LGPD. O advogado, sócio-diretor da Ferreira Rodrigues Sociedade de Advogados e parceiro da Dynamica, Dr. Wolnei Tadeu Ferreira, exemplifica a fase preparatória de conscientização e capacitação em LGPD para as lideranças, etapa de suma importância para as empresas se prepararem para as etapas posteriores. “Eu e minha equipe temos atuado oferecendo treinamentos de apresentação da LGPD à alta direção, para que criem a consciência da responsabilidade e comprometimento. Um de nossos clientes, por exemplo, da área da Saúde, lida com dados sensíveis e esta orientação inicial foi importante para darem novo rumo ao tratamento de seus dados”. Dr. Wolnei explica algumas ações necessárias na fase de mapeamento e diagnóstico dos dados: “será necessário um grupo de trabalho, envolvendo os vários setores da empresa que de uma forma ou outra, manipulam dados. Este grupo irá identificar, organizar e analisar a base de dados da empresa, analisar quais os dados a serem tratados, se sensíveis ou não. Nesta fase, identificamos as oportunidades de melhorias nos processos internos”. De posse do diagnóstico de como estão os dados da empresa, parte-se, então, para a elaboração do plano de ação e execução, que variam de acordo com a empresa, mas de modo geral, contemplam: “elaboração de medidas técnicas; implantação de plano de formação e conscientização; adaptação e revisão dos procedimentos; respostas às demandas das pessoas com agilidade; análise de risco; estabelecimento de protocolos de segurança, planos de contingência para eventuais vazamentos ou incidentes”, explica Dr. Wolnei. Após isso, será necessário monitorar a adesão e os resultados dos processos definidos. Sanando as dúvidas mais frequentes Muitos são os questionamentos relacionados à LGPD. Selecionamos alguns mais frequentes para que o Dr. Wolnei e sua equipe respondam: Como a empresa comprovará que garante a proteção de dados? Dr. Wolnei – Todo projeto pretende garantir a integralidade dos dados, mas, existe sempre um fator imponderável que é o ser humano, sempre sujeito a falhas. Procedemos de modo a minimizar ao máximo os riscos, razão pela qual não há como garantir 100% de segurança em razão do fator “humano”. Mas a comprovação se dará pelos esforços feitos para minimizar riscos de vazamento como diagnóstico de falhas, revisão geral dos procedimentos, avaliação de dados operados e armazenados, finalidade, cuidados com a guarda de dados, revisão de documentos e treinamento de todos que possuem acesso aos dados ou daqueles que operacionalizem. Com isso, eventual vazamento que ocorra, minimizará seus impactos, pois falhas mínimas podem ocorrer e tentamos orientar para que não ocorram. Minha empresa decidiu apenas fazer uma nova política de privacidade para nos adequarmos à LGPD. É possível? Dr. Wolnei – Não, pois apenas a documentação não garante a utilização dos dados de forma correta, transparente e com a preocupação contínua e permanente com o usuário. A política de privacidade é elaborada na fase de implementação do plano de ação, após a análise do fluxo de dados e diagnósticos dos problemas que a empresa possui e que violam a LGPD. Indicamos uma sensibilização aos executivos sobre os conceitos básicos e a jornada necessária para se adequar à LGPD. Qual é o tempo médio para uma empresa se adequar 100% à LGPD? Dr. Wolnei – Não é possível especificar um tempo médio, varia muito, mas é certo que não se realiza antes de 2 meses. Isto porque sua implantação depende do tamanho da empresa, do tipo de atividade, quantidade dos envolvidos, volume de documentos e dados operacionalizados ou armazenados. Como dissemos, após o diagnóstico para entender como os dados são tratados na empresa serão realizados outros processos para planejar, comunicar, inventariar, indicar responsáveis, treinar envolvidos etc. O que são e quais são os dados sensíveis? Dr. Wolnei – A própria LGPD define o que são dados pessoais sensíveis (Art. 5º, II), como “aquele relacionado a: (I) origem racial ou étnica, (II) convicção religiosa, (III) opinião política, (IV) Filiação a sindicato ou a organização de caráter religioso, filosófico ou político, (V) Saúde ou vida sexual, VI) Genético ou biométrico.” Quais dados da base de contato das empresas deverão ser apagados? Corre-se o risco de perder parte da base de contatos? Os dados de um contato devem ser apagados sempre que solicitados? Dr. Wolnei – Deverão ser apagados os dados que não forem necessários para o fim a que se destina ao objetivo desejado pela empresa. Pode-se perder parte dos dados, se não houver backup ou segurança digital, na ocorrência de incidente do tipo de dano a disco rígido ou equipamento onde sejam armazenados os dados, invasão hacker por imprudência de parte de usuários na falta dos cuidados necessários quando de acesso a site indevidos. Os dados devem ser apagados sempre que houver solicitação formal por parte do titular dos dados, no prazo estipulado pela LGPD de 15 dias. Por que as empresas estão recebendo os aditivos de contrato de seus clientes e fornecedores, envolvendo a LGPD? Dr. Wolnei – Todas as empresas que de um modo ou outro tratam dados, estão sendo obrigadas a se adequar à LGPD; como no exemplo dos aditivos que estão sendo encaminhados para que os contratos sejam adequados ao tratamento de dados. Trata-se de medida salutar e orientativa. Quais são as penalizações pelo descumprimento à LGPD? Quando passam a valer? Que órgão poderá aplicá-las? Quem será ou serão os órgãos fiscalizadores? Qual o valor da multa? Dr. Wolnei – A LGPD confere severas sanções para empresas que descumprirem as disposições legais. As punições só serão aplicadas a partir de agosto de 2021 pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), entidade responsável por fiscalizar o cumprimento da lei. Porém, como a lei já está valendo, alguém que se sinta prejudicado pode reivindicar judicialmente a reparação de eventual dano sofrido com o vazamento de dados. O valor das multas irá variar dependendo do grau das infrações cometidas que podem ser: multa simples, de até 2% (dois por cento) do faturamento da pessoa jurídica de direito privado, grupo ou conglomerado no Brasil no seu último exercício, excluídos os tributos, limitada, no total, a R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais) por infração; III – multa diária, observado o limite total a que se refere o inciso II. Outras sanções aplicáveis constam no Art. 52: I – advertência, com indicação de prazo para adoção de medidas corretivas; IV – publicização da infração após devidamente apurada e confirmada a sua ocorrência; V – bloqueio dos dados pessoais a que se refere a infração até a sua regularização; VI – eliminação dos dados pessoais a que se refere a infração; X – suspensão parcial do funcionamento do banco de dados a que se refere à infração pelo período máximo de 6 (seis) meses, prorrogável por igual período, até a regularização da atividade de tratamento pelo controlador; XI – suspensão do exercício da atividade de tratamento dos dados pessoais a que se refere a infração pelo período máximo de 6 (seis) meses, prorrogável por igual período. Em que situações, na sua opinião, uma empresa deve se valer de uma consultoria para se adequar à LGPD? Dr. Wolnei – Para se adequar à LGPD, todas as empresas devem buscar orientações de todas as áreas envolvidas. Uma consultoria jurídica é essencial pois, a ajudará a compreender quais mudanças a LGPD ocasionará em cada setor da empresa, quais os pontos críticos a serem observados e as consequências que a lei trará ao seu negócio. Exemplos: contratos, dados coletados em sites, contratações, operadores de dados, armazenamento e guarda de dados etc. A Dynamica uniu sua expertise em Gestão de Mudanças e Cultura aos parceiros Ferreira Rodrigues Sociedade de Advogados na área Jurídica e Rischio, na área Tecnológica, para juntos buscarmos as soluções mais alinhadas na adequação da sua empresa à LGPD. Saiba mais! Podemos te ajudar com: Mapeamento dos Dados sensíveis Mapeamento dos processos Elaboração do Relatório de Impacto e Proteção de Dados Serviços terceirizados de DPO (Date Professional Officer, nova função obrigatória, responsável pelos dados na empresa) Avaliação e Apoio jurídico Avaliação de Segurança e Infraestrutura e Sistemas de Tecnologia Treinamento e Conscientização Preparação dos colaboradores e demais stakeholders para a mudança Monitoramento do plano de ação e Sustentação das mudanças às rotinas da empresa Somos especialistas em estratégia, cultura e mudanças. Conte com a gente! .fb-background-color { background: !important; } .fb_iframe_widget_fluid_desktop iframe { width: 100% !important; }
27 janeiro 2021
Como o hábito de buscar desenvolvimento constante pode transformar vidas e organizações?
“Agora aceitamos o fato de que o aprendizando é um longo processo de manutenção da mudança. A tarefa mais urgente é ensinar as pessoas a aprender.” (Peter Drucker) Abordamos no blog “A importância da educação continuada” os conceitos e pilares que permeiam a lifelong learning no ambiente corporativo. Mostramos que estar aberto ao aprendizado contínuo, é não só um dos valores fundamentais a desenvolver na cultura das organizações, mas também um posicionamento dos profissionais atentos aos skills necessários para atender ao cenário de inovação e criatividade do século XXI. De acordo com o relatório para a Unesco da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI, “parece impor-se, cada vez mais, o conceito de educação ao longo de toda a vida, dadas as vantagens que oferece em matéria de flexibilidade, diversidade e acessibilidade no tempo e no espaço. (…) É que, além das necessárias adaptações relacionadas com as alterações da vida profissional, ela deve ser encarada como uma construção contínua da pessoa humana dos seus saberes e aptidões, da sua capacidade de discernir e agir.” A Comissão da Unesco considera quatro pilares no processo educacional: aprender a conhecer; aprender a fazer; aprender a conviver; e aprender a ser, este último representando “todas as potencialidades de cada indivíduo: memória, raciocínio, sentido estético, capacidades físicas, aptidão para comunicar-se”. A aprendizagem contínua está presente em diversas práticas, além dos momentos formais: leituras, webinars, workshops, mentorias formais ou informais, coaching, cursos… Acontece para todos, independentemente de nível hierárquico, função ou atividade. É tão imprescindível a um profissional em início de carreira como para um colaborador experiente e especialista em sua área. Lifelong learning não é uma tendência passageira, mas uma filosofia de vida, que tem a evolução permanente como foco e estratégia. Vai muito além da formação técnica ou acadêmica, envolve habilidades comportamentais e novas aptidões que refletem em pontos positivos nas relações interpessoais e no ambiente de trabalho. Mas como trazer esta prática para o hábito e inserir de forma permanente em nossa atribulada agenda? Você é o responsável por seu desenvolvimento… O único ativo que levamos em nossa jornada de vida é o conjunto de aprendizados somados ao longo de nossa história. Por isso, a responsabilidade por nos mantermos constantemente aprendendo cabe a cada um de nós. O conceito de educação ao longo de toda a vida aparece como uma das chaves de acesso ao século XXI, uma exigência que continua válida e que adquiriu até mais razão de ser. E só será alcançada quando todos aprendermos a aprender. Cada vez mais, as pessoas aprendem coisas novas a todo momento e de diversas formas. A sala de aula deixou de ser o fim e passou a ser também um novo início, repleto de possibilidades que nunca param de aparecer. Diante de tantas opções de aprendizados e oportunidades de carreiras, muitas vezes não sabemos por onde começar. Não há uma fórmula mágica, mas, segundo o neurocientista Pedro Calabrez, para se criar um hábito, seja ele qual for, é necessário que ele traga uma recompensa e um gatilho (algo que te leve ao comportamento). Um exemplo seria ter horas certas no dia para estudos, vinculadas a um ritual que traga conforto (hora do chá). Caso manter uma rotina de estudos esteja difícil, se cadastrar em um curso ou webinar pode ajudar, por impor uma disciplina. Lyrian Faria, sócia-diretora e fundadora da Dynamica Consultoria compartilha algumas vivências na construção de hábitos em prol de seu desenvolvimento. “Quando trabalhava em uma empresa só, durante muitos anos, sempre fui muito desafiada a trocar de áreas e entender novos cenários: Organizações e Sistemas, Projetos de TI, depois Marketing e Desenvolvimento de produtos bancários. Isso me obrigou a organizar as ideias do conhecimento ou buscar novos. Reservo, desde então, entre 10 a 20% do meu tempo lendo ou ouvindo algo fora da minha rotina. Estudo para mim é prazeroso, como se fosse fazer um mapa mental das ideias ou colocar novos conhecimentos neste mapa”, diz ela. Quando falamos em um lifelong learner, não estamos tratando de alguém que busca apenas certificados, mas de pessoas automotivadas, que buscam o aprendizado nas mais diversas experiências. “Gosto de ler coisas voltadas à administração e de entender coisas novas. Ouço algo novo quero entender seu significado e contexto. Na faculdade um professor me dizia para desafiar o texto, provocar o texto, me provocar para entender. Até hoje brinco com clientes que em uma primeira reunião ele sanou as minhas dúvidas, mas preciso pensar para ter novas.”, reforça Lyrian. Aprender sempre não é mais uma opção, é uma necessidade. O profissional que deseja se manter competitivo no mercado de trabalho precisa investir no seu aprendizado. Nesse sentido, é fundamental desenvolver novas habilidades e competências. … Mas a empresa pode ajudar! É verdade que essa vontade de continuar aprendendo só pode acontecer de dentro para fora, mas as empresas podem e devem estimular seus colaboradores e garantir um ambiente propício que fomenta o constante aperfeiçoamento. Gestores abertos a novos pontos de vista e que buscam sempre a capacitação e o conhecimento são aqueles capazes de oferecer as condições apropriadas ao seu time e empresa. A base para um time com boa performance e boa relação interpessoal é a presença de um gestor e líder que crie ambientes criativos e inovadores. Como já vimos em outros blogs, a Liderança é uma habilidade passível de ser aprendida. Muitas vezes vemos excelentes técnicos serem promovidos a gestores sem nenhum preparo prévio e isso se tornar um problema na organização. Quando falamos em “novas habilidades” estamos falando de transformação. De necessidades que mudam com o tempo, com as mudanças sociais, com as novas tecnologias. Habilidades que devem ser ocupadas por pessoas que não têm medo de mudar e desejam evoluir. Quais conhecimentos e habilidades humanas são necessários para uma carreira de sucesso? Depende do seu tempo. No Fórum Econômico Mundial, que aconteceu em Davos, na Suíça em 2015, foi divulgado o relatório “Futuro do Trabalho”, com as habilidades estimadas para 2020. Novas competências, antes classificadas com menor relevância, passariam a ocupar um lugar de maior importância como: Gestão de pessoas que passou a ocupar o 4º lugar; Pensamento crítico passa para segundo; Criatividade, antes classificada como a última dentre as dez principais habilidades, agora está em terceiro lugar na lista. Já Relacionamento com os outros, antes colocado em segundo lugar, saiu da lista, dando espaço para Empatia. Os soft skills não têm a ver com só a personalidade de cada pessoa, podem ser desenvolvidos com a aplicação de metodologias, de orientações e cursos. O primeiro passo para estruturar um plano de aprendizado corporativo é conhecer os indivíduos, analisar seu potencial e as oportunidades de melhorias em seu desempenho. O mapeamento de suas competências, que a Dynamica realiza por meio de avaliações ou assessments identificam o perfil predominante, as lacunas em relação às demandas atuais em seu campo profissional e percepções sobre quais competências precisa desenvolver. No Desenvolvimento Humano a Mentoria também é importante para aperfeiçoar as habilidades em relação a mudanças, cada vez mais frequentes, pelas quais as organizações passam. Pode ser compartilhada com os times, já que não se trata especificamente da aplicação de teorias, mas da vivência e experiência do mentor para com a situação e carreira. Seja qual for o instrumento, cabe aos líderes e gestores despertar no time inspiração para instruir-se e melhorar o ambiente de trabalho, compartilhar aprendizados, mostrando que a empresa adota essa prática com todos sem distinção de cargos e posições e que o aprendizado ao longo da vida faz parte da cultura da empresa. Começar aos poucos pode ser uma alternativa prática: exemplo, webinars com conteúdo mais direto, reunindo gestores e times para discutir um tema relevante, criando-se espaços para o debate e diálogo sobre os novos aprendizados. Buscar formas inovadoras e que despertem a motivação em aprender, pode acelerar o processo: a gamificação corporativa, por exemplo, ao utilizar elementos de jogos no ambiente de trabalho, as ações voltadas à capacitação e ao aprendizado podem ser mais produtivas e estimulantes, facilitando a disseminação de novos conhecimentos. O que fazem os aprendizes ao longo da vida (Lifelong Learners) Leem diariamente: abre novos horizontes, treina seu cérebro e transforma sua vida. Frequentam cursos, webinars, lives: oportunidades para se conectar com pessoas. Amam fazer progresso: adoram experimentar o constante crescimento e melhoria. Abraçam a mudança: compreendem que mudar é evoluir. Acreditam que nunca é tarde demais para começar algo. O que dizem os especialistas Juan Ignacio Pozo, especialista em psicologia da aprendizagem, diz: “nunca houve tantas pessoas aprendendo tantas coisas ao mesmo tempo como em nossa sociedade atual” e que essa aprendizagem se tornou não apenas uma exigência social crescente, mas também uma “via indispensável para o desenvolvimento pessoal, cultural e mesmo econômico dos cidadãos”. De acordo com o levantamento de Tendências Globais de Capital Humano de 2019, o aprendizado está entre os principais desafios. As pessoas classificam agora a “oportunidade de aprender” como uma das principais razões para conseguir um emprego, e os líderes empresariais sabem que mudanças na tecnologia, longevidade, práticas de trabalho e modelos de negócios criaram uma grande demanda por desenvolvimento contínuo e duradouro. Segundo o neurocientista Pedro Calabrez, “aquilo que você consistentemente repete, se tornará mais fácil, natural e automático para seu cérebro.” Além disso: “deve-se esforçar o cérebro a mergulhar na atenção contínua (focada e dedicada a um único assunto), a atenção alternada (quando o foco é desviado) é prazerosa, mas é a atenção contínua que aprimora nossos pensamentos e reflexões.”. Ainda: “a sensação de que somos multitarefa é um mito, na realidade extensivos estudos mostram que nosso cérebro não tem esta capacidade”. E por fim, “não deixe de ouvir uma ideia só porque de alguma maneira ela te ofende. Muitas vezes temos crenças enraizadas, que não necessariamente estão corretas. Ideias que enfrentam nossas crenças no geral nos ofendem, mas nos permitem entender outras perspectivas”. EMPLOYEE EXPERIENCE: COMO PROPICIAR UM AMBIENTE DE APRENDIZAGEM CONTÍNUA? Como vimos, a aprendizagem ao longo da vida acontece para diferentes perfis de pessoas. Perceber as oportunidades do dia a dia é a grande chave tanto para quem anseia por aprender quanto para as empresas que desejam estimular seus colaboradores. Um novo conceito, a employee experience, em português, experiência do colaborador, chega para alinhar as expectativas. O termo surgiu nos Estados Unidos em 2017 a partir de observações em torno do conceito que foca na experiência do cliente (customer experience). Especialistas em gestão de pessoas chegaram à conclusão de que não é possível satisfazer o cliente sem antes proporcionar experiências positivas ao colaborador. Employee experience, foca na jornada do colaborador para aumentar a eficiência e a competitividade, ao colocar as pessoas no centro das empresas e proporcionar uma vivência significativa de trabalho. A abordagem traz à área de RH a missão de conectar os colaboradores com o negócio de forma personalizada, respeitando a individualidade de cada integrante da equipe. Mas para que esta conexão seja viável, é importante que as empresas reconheçam as particularidades do seu negócio, o perfil dos seus colaboradores e quais são os saberes estratégicos para a empresa. Para proporcionar uma boa jornada, é preciso movimentar as pessoas regularmente e fornecer mais ferramentas que as ajudem a gerenciar a carreira. Prepare-se para obter melhores resultados! Fique ligado para as próximas turmas dos cursos que ministramos. Somos especialistas em estratégia, cultura e mudanças. Conte com a gente! .fb-background-color { background: !important; } .fb_iframe_widget_fluid_desktop iframe { width: 100% !important; }
14 janeiro 2021
Perspectivas para 2021: uma lente sobre a nossa realidade.
Pouco mais de 7 entre cada 10 pessoas no Brasil (72%) afirmaram que o ano de 2020 foi ruim para si e suas famílias. É o que aponta a pesquisa Global Advisor 2021 Predictions, realizada pela Ipsos desde 2012. No histórico do levantamento, o percentual de brasileiros insatisfeitos com o ano que termina nunca foi tão alto. A percepção brasileira em 2020 reflete a avaliação global, considerando a opinião de quase 23 mil entrevistados de 31 países diferentes, onde 70% disseram ter tido um ano ruim no âmbito pessoal. Outra pesquisa realizada pelo mesmo instituto, intitulada “Perigos da Percepção”, em 38 países, com cerca de 28 mil pessoas, mostra nosso alto grau de percepções equivocadas em relação à realidade, o que nos rendeu a 5ª posição no ranking mundial (atrás de Tailândia, México, Turquia e Malásia). Exemplos: “No Brasil, a taxa de homicídios hoje é bem mais alta do que no ano 2000 e quase metade das meninas e mulheres de 15 a 19 anos engravidaram”. Estas frases refletem o que pensa a maioria dos brasileiros entrevistados, mas na verdade, o índice de homicídios permaneceu estável em relação a 2000 e apenas 6,7% de mulheres nesta faixa têm filhos. Para começar 2021 lidando com a verdade, baseada em dados e fatos, colocaremos neste post uma lente sobre vários setores que nos movem neste ano marcado pela incerteza, esperança e ansiedade. Boa leitura! QUESTÕES SOCIAIS EM PAUTA Segundo pesquisa realizada pelo Datafolha, com mais de 1500 adultos em todas as regiões do País, a intenção de ser solidário chega a 97% embora apenas 27% efetivamente se envolva em ações sociais coletivas. A maioria (68%) acaba agindo de forma individual e pontualmente, por desconhecerem outras formas. A pandemia mudou a rotina do mundo inteiro e trouxe uma lição importante para quem esteve atento: a solidariedade, que nada mais é do que a busca de minimizar a dor do outro ou a empatia em forma de ação. Muitas empresas, ONGs e Instituições se juntaram em 2020 à causa do combate à desigualdade social, doenças psiquiátricas e tantos outros efeitos causados pela pandemia. Como ainda estamos na pandemia, ficam algumas dicas que podem ser replicadas em 2021: Doações (alimentos, produtos de higiene e água) Consultas gratuitas (médicos, dentistas, psicólogos) Leilões beneficentes ou outras formas de arrecadação para quem precisa Produção de máscaras para doação Ajuda a pessoas do grupo de risco com atividades externas Doação de sangue. É seguro e pode salvar vidas Apoio ao comércio local: compre em seus sites, caso tenham fechado as portas. Solidariedade também é se cuidar para evitar o contágio e a propagação do vírus. A ONG Gerando Falcões, com forte atuação no combate à desigualdade social, contribuiu, entre outras ações sociais, por meio da inclusão digital de alunos de escolas públicas para que se mantivessem estudando. Você pode contribuir acessando aqui. Outro tema importante que se destacou em 2020 foi a força de luta antirracista tanto aqui quanto no exterior. Conceito como “racismo estrutural” se propagou em muito mais lares, possibilitando uma reflexão coletiva e mudanças de atitudes que já deveriam ter ocorrido há muito tempo, mas que nunca é tarde para que comece. RETOMADA PAULATINA Em 2021 a recuperação da economia deverá ser lenta, mas segundo economistas, possível. A previsão de crescimento para o Brasil este ano é de 3%, notícia que já anima o mercado, a bolsa, as organizações e nós, prestadores de serviços! Vamos continuar com taxa de juros baixa, inflação estacionada e alta dos comodities, como aço, petróleo e minério de ferro, que trazem um efeito positivo na balança comercial do País. Ariano Suassuna (1927-2014), autor de “O Auto da Compadecida” (1955) costumava dizer que “o otimista é um tolo e o pessimista, um chato. Bom mesmo é ser um realista esperançoso”. E neste posicionamento, mantemos nossa contextualização. A eleição nos EUA trouxe um recado interessante ao mundo com a eleição de Joe Biden. Retoma um rumo democrático, importância dos mecanismos globais (ONU, OMS..). Isso não zera todas as questões a serem enfrentadas – sobretudo com em relação à disputa comercial com a China. TESTE DE RESILIÊNCIA E REINVENÇÃO NA CIÊNCIA Cientistas vivenciaram os momentos sofridos da pandemia e ocuparam lugar de destaque na diminuição do impacto da doença. Na USP (Universidade de São Paulo), por exemplo, mais de 250 grupos iniciaram ou adequaram os seus estudos para o conhecimento e combate do novo coronavírus. Desde o sequenciamento do seu genoma até o desenvolvimento de ventiladores e máscaras, passando pelos estudos de novos testes, medicamentos e vacinas. O jornal “Plos Biology” publicou em 16/10/2020 um estudo que elenca os 100 mil cientistas mais influentes do mundo, segundo os bancos de dados utilizados até 2019. A pesquisa foi conduzida por uma equipe da Universidade de Stanford (EUA), liderada pelo médico e cientista greco-americano John Loannidis, que tem diversas contribuições na área da medicina, sobretudo em epidemiologia e clínica médica. O estudo trabalha com dois rankings distintos: um que analisa o impacto do pesquisador ao longo de sua carreira e outro que avalia os impactos da atuação em 2019. Dos 100 mil melhores cientistas do mundo, de acordo com suas carreiras, 600 são brasileiros e, destes, 31 da Fiocruz. O saldo de mortes em função da Covid-19 (cerca de 2 milhões no mundo e 203 mil só no Brasil) deixou muitas famílias em luto (Nossos sentimentos a cada uma!). O mundo todo está atrás de vacinas e mais de quatro milhões de doses já foram aplicadas na Europa e EUA, nessa que será a maior campanha de vacinação da história, demandando algumas bilhões de doses (muitas vacinas requerem dose dupla). O Brasil ainda não tem previsão clara do início da vacinação em nível nacional, mas há a expectativa de se iniciar ainda em janeiro a imunização, com as vacinas Coronavac, desenvolvida pelo Instituto Butantan e a AstraZeneca-Oxford, pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A pandemia ainda é uma realidade que não parece que será resolvida no curto prazo. A expectativa é de que o processo de controle do vírus dure de 2021 e 2022 e, portanto, a recomendação dos profissionais da saúde é que se mantenham os cuidados atuais: regras de distanciamento social, utilização do álcool gel e o uso de máscaras. COMO FICAM AS ORGANIZAÇÕES Como as organizações irão operar neste primeiro semestre, marcadas pela incerteza e permanência do isolamento social. Como estão cuidando dos seus funcionários? Com a chegada do vírus, as empresas se viram obrigadas a adotar o home-office como prática formal, o que gerou a necessidade de adaptação, afinal os escritórios invadiam nossas casas. A Dynamica realizou em julho/2020 a pesquisa Comportamento da gestão empresarial no novo cenário, com 214 profissionais de empresas dos setores de Serviços, Indústria, Saúde, Comércio e Varejo, Órgãos públicos e Entidades de Classe. Já naquela época a grande maioria acreditava que o home-office se tornaria parte do cotidiano de muitas empresas. Foi necessário se repensar o formato das capacitações e reuniões à distância, pesquisas de satisfação e avaliações comportamentais, como conduzir os debates sobre valores e ética, a fim de manter uma Cultura Organizacional viva e em constante aplicação de seus valores. Com a continuação do isolamento social por 10 meses, fala-se em “anywhere office”, escritório em qualquer lugar, a partir da nuvem. Os locais de trabalhos passam a ser flexíveis, desde que se assegure o acesso a ambientes profissionais. Trabalhar deixa de ser sobre “onde” e passa a ser sobre “quando”. Um exemplo poderia ser colaboradores usufruindo de um escritório na Avenida Paulista na segunda-feira, home office na terça e quarta e – por que não? – home office no interior ou na praia nos últimos dias da semana. Mais uma vez, há de se trabalhar a Cultura e a Liderança, para que seus valores e propósito sejam preservados e para que construa ou conserve relações de confiança com seus times. Independentemente do setor, as organizações devem se manter preparadas para atuar em um ambiente complexo, competitivo e volátil, tendo as mudanças e agilidade como necessidade de negócio e até mesmo sobrevivência. Temos expertise para auxiliar sua empresa em seus processos de Mudanças, ajustes da sua Cultura e Planejamento. TENDÊNCIAS PARA 2021 ESG, “environmental, social and governance”, ou como são conhecidas as melhores práticas ambientais, sociais e de governança, que combinam negócio com propósito. Segundo a XP Investimentos para 2021 esta tendência deve se intensificar no Brasil este ano, tanto no que se refere a questões sociais, tendência de mercados para economia de baixo carbono, eliminação do desperdício e gestão dos insumos nas empresas, aprofundamento da visão de governança nas organizações, levando em conta as questões sociais e ambientais. Lifelong Learning como filosofia de vida: Não faltam adjetivos para descrever 2020: “tenso”, “inusitado”, “difícil”, “de superação, resiliência, aprendizados”…Pode-se dizer que um aspecto positivo foi muitas pessoas focarem em estudar, se desenvolver, buscar novos conhecimentos e adotar o lifelong learning como filosofia de vida. Descobriram que buscar o autodesenvolvimento tem mais a ver com disciplina de estudos e abertura a novos aprendizados do que com altos investimentos em cursos ou diplomas. E por falar em aprendizado, inscreva-se para participar de nossa turma de Liderança Ágil Anywhere Office: Muito se falou em 2020 sobre home office e as empresas conseguiram se adequar a este formato usando tecnologias diversas. Atualmente se fala em um modelo híbrido. Nas áreas e funções onde a presença não seja um pré-requisito para o desenvolvimento das atividades, este modelo tende a continuar. Já falamos em um avanço nesta visão, que é a tendência é se adotar o “anywhere office”, importando mais as entregas que o local em que se trabalha. Isto requer uma liderança que administra por resultados e não mais por controle. Agenda 2030 da ONU (ODS): Trata-se de uma agenda da ONU para se alcançar os 17 objetivos (veja no infográfico) e 169 metas até 2030. Algumas empresas já mantêm estes conceitos em seu radar (muitos dos quais levando em conta o ESG). E a sua? Employee Experience O conceito de “experiência do cliente” continua cada vez mais ativo, resultado do aumento de relacionamentos à distância, e-commerce, omnicanal e todas as formas de contato empresa-cliente. Em função do grande impacto nas organizações pelo isolamento social e trabalho remoto, percebeu-se a importância de se cuidar do colaborador e, portanto o conceito de “employee experience” ganha visibilidade nas organizações, no ciclo inteiro do relacionamento da pessoa com a organização, garantindo que propósito, cultura e liderança sejam vividos na prática. .fb-background-color { background: !important; } .fb_iframe_widget_fluid_desktop iframe { width: 100% !important; }
23 dezembro 2020
Na busca pelo equilíbrio entre trabalho, lazer e conhecimento.
Uma coisa já somos capazes de afirmar: 2020 ficará registrado na história como o período que tivemos (e fomos capazes) de equilibrar bandejas de pratos dentro de uma montanha-russa de emoções e decisões. Com a chegada do fim do ano, também chegou o momento de pararmos para refletir sobre tudo que planejamos e nem sempre conseguimos concretizar; as buscas por uma maior produtividade; a luta pela vida que alguns de nós travou, enfim, sobre a vida, nossas prioridades e relacionamentos. Neste clima, um conceito que se aplica bem é o de ócio criativo. O que nos vem à cabeça quando pensamos em ócio? Em seu sentido vulgar, é uma expressão que remete a falta do que fazer, preguiça e descompromisso, porém, o sentido real da palavra significa “pausa, descanso ou folga”. O conceito de ócio criativo, criado na década de 90 pelo sociólogo Domenico de Masi, representa uma maneira inovadora de trabalhar. Em seu livro, O Ócio Criativo, o estudioso enfatiza como a alegria e a satisfação pessoal do dia a dia estão diretamente ligadas à criatividade que, por sua vez, melhora o potencial de imaginação para a melhor produtividade. Segundo o autor, o ócio criativo, nada mais é do que o equilíbrio entre trabalho, lazer e conhecimento. Mesmo com formas de trabalho cada vez mais inovadores, muitas pessoas ainda possuem o seu foco na seguinte máxima: quanto mais horas trabalhadas, maior a produtividade. Devido à rotina agitada dentro das empresas, estamos acostumados a pensar que momentos de reflexão ou até mesmo de lazer, são perdas de tempo, mas não é bem assim. São nesses momentos que conseguimos refletir e entender como podemos aprimorar nossa rotina, tornando-a ainda mais produtiva e criativa. No livro “A Quinta Disciplina”, Peter Senge traz à tona o modelo de trabalho de empresas japonesas que respeitam os momentos de pausa e reflexão dos funcionários, pois entendem que pensamentos estão sendo trabalhados e este é fundamental para sua melhora constante. O verdadeiro significado de uma organização que aprende, é uma organização que está continuamente expandindo sua capacidade de criar o seu futuro. Este cenário é diferente em empresas ocidentais, pois estamos acostumados a relacionar uma pessoa em estado de reflexão à preguiça ou descaso. A proposta apresentada por Domenico é uma resposta a esse modelo de trabalho que inviabiliza a criatividade, a inovação e o conhecimento. A reflexão nutre a mente e torna o pensamento mais efetivo para a tomada de decisões ou criação de novas estratégias de trabalho. Em momentos de lazer e diversão podemos vivenciar situações que podem nos ajudar a ter melhores insights. Um ponto importante a se ressaltar sobre o ócio criativo é a constante evolução no aprendizado. Assim como o tempo para o lazer é um fator determinante na produtividade, o conhecimento é o ponto médio entre os dois extremos, trabalho e diversão. Como citamos em nosso Blog, trabalhar a educação continuada é apostar no sucesso de cada um de nós. A cada nova experiência de aprendizado, somos capazes de criar sinapses novas e escalar novos horizontes do conhecimento. Como aplicar o ócio criativo no dia a dia Agora que você já sabe a importância desse conceito para a sua produtividade, por que não aplicá-lo no seu dia a dia? Veja 3 dicas para inserir o ócio criativo na sua rotina. Faça anotações Ideias inovadoras podem surgir a qualquer momento, inclusive fora do trabalho. Sempre que tiver uma nova ideia que possa melhorar os processos da empresa, ou até mesmo otimizar o seu tempo, anote! Equilibre os três pilares Já vimos que o ócio criativo é o equilíbrio entre trabalho, lazer e conhecimento. Balanceie esses três pilares na sua rotina. Quando estiver muito estressado, veja como pode se distrair com atividades de lazer, entregou as demandas com antecedência? Tire um tempo para os estudos… e assim sucessivamente. Descanse! Estamos acostumados a achar que quando não estamos produzindo, jogamos tempo (e dinheiro!) fora. Respeite os seus momentos de descanso e entenda que você não será 100% produtivo o tempo todo. A inovação como interface da cultura organizacional No atual mundo em que vivemos, onde tudo é passível de mudança, implementar a cultura de inovação em sua empresa é extremamente importante para mantê-la competitiva. Engana-se quem pensa que inovação é somente apostar em novas tecnologias e mudança de processos. Para transformar a cultura de uma empresa, é preciso promover um ambiente colaborativo, que tenha a diversidade de ideias e foco nas pessoas como base em suas diretrizes. Exemplos de empresas inovadoras são as gigantes Google, Netflix, Apple, Facebook e a brasileira, Magazine Luiza. No Google, por exemplo, os funcionários não têm um horário preestabelecido para entrar e sair do escritório, a liberdade de escolha está diretamente atrelada à produtividade. Dessa forma, o colaborador escolhe os melhores momentos do seu dia para trabalhar. A Magazine Luiza ganhou notoriedade internacional por sua cultura organizacional horizontalizada. Em um momento onde a setorização era o formato mais usado dentro das empresas brasileiras, a marca quebrou paradigmas ao propor esse modelo de gestão descentralizado. Todos esses exemplos possuem como base o desenvolvimento de seus colaboradores e possibilitam a construção de um clima organizacional mais propenso à inovação, criatividade e geração de conhecimento. Dicas da Dynamica Adeque a cultura de sua empresa ao modelo que deseja, com vistas nos resultados e planos estratégicos. Incentive as atividades que promovam a interação e troca de ideias. Mantenha uma escuta ativa aos times e foco nas pessoas, sempre. Compartilhe os objetivos e metas com o time e reforce o quanto cada um da equipe é imprescindível para seu alcance. Desenvolva uma cultura de aprendizado permanente onde a experimentação, a co-criação e o compartilhamento de ideais sejam valores da organização. Dê autonomia aos times com propósitos ou projetos específicos (squads) para que possam se auto-organizar. Boas confraternizações! Recebam o abraço caloroso virtual de toda a equipe Dynamica! Manteremos nosso escritório em funcionamento, com exceção de 24, e 31/12. Podemos ajudá-lo em planejamento, mudanças, cultura e desenvolvimento de seu time. Entre em contato. .fb-background-color { background: !important; } .fb_iframe_widget_fluid_desktop iframe { width: 100% !important; }
16 dezembro 2020
Confraternizações à distância: ainda mais conectados
As confraternizações são momentos muito esperados pelos colaboradores, pois propiciam a conexão de todo o time para o fechamento do ano com os resultados da empresa e o planejamento para os próximos trimestres. Este ano, segundo pesquisa levantada pela Ticket (empresa de benefícios em alimentação e refeição), cerca de 89% dos funcionários esperam por uma confraternização. Diante do cenário atual de distanciamento social, a maioria das organizações está adaptando a forma de reunir o time. Saiba mais nos próximos parágrafos. Promover uma confraternização especial, mesmo à distância, seja de fim de ano, cumprimento de metas ou aniversários, é fundamental para fortalecer a união, o conhecimento da cultura organizacional e a motivação dos times. Isto demonstra que a organização se preocupa em promover um ambiente saudável e melhora a percepção que a equipe tem da empresa. Mas como fazer isso tendo em vista a necessidade de distanciamento social? Adaptação é a palavra-chave! 2020 foi um ano que demandou de empresas e sociedade uma abertura a mudanças e criatividade para lidar com situações novas. Bares, salões e sítios se ajustaram para atender às novas demandas: celulares, computadores e tablets fazem parte das festas, que agora nos conectam com todos em qualquer lugar do mundo. As confraternizações tendem a ser mais intimistas e predominantemente online, visando à segurança de todos, mas sempre mantendo o envolvimento e conexão de todos da equipe. Os aprendizados que merecem ser comemorados! Apesar dos desafios que este ano trouxe em todos os setores, ficaram alguns aprendizados importantes, como a necessidade de apoio coletivo, de uns cuidarem dos outros; dos líderes e empresas passarem a se preocupar genuinamente com a saúde física e mental de seus times e de suas adaptações ao novo modelo de trabalho. Foi o que mostrou a matéria que fizemos sobre o novo normal no ambiente corporativo. A Dynamica, sempre com a finalidade de prestar sua contribuição ao mercado no apoio do melhor entendimento sobre os novos caminhos empresariais, realizou, ainda, em julho/2020 a pesquisa Comportamento da gestão empresarial no novo cenário, com 214 profissionais de empresas dos setores de Serviços, Indústria, Saúde, Comércio e Varejo, Órgãos públicos e Entidades de Classe. A pesquisa levantou, entre outras informações, quais ações as empresas vinham conduzindo para cuidar de seu pessoal nesse momento de isolamento social. Solicite o resultado da pesquisa na íntegra aqui! Contribuímos ainda com discussões pertinentes ao mercado empresarial com 4 edições do Encontros para mudanças, um evento gratuito que reuniu profissionais de diferentes áreas para debateram sobre Planejamento, Transformação Cultural e Digital nas Organizações; O novo perfil das Lideranças; A formação de times de alta performance e como manter a competitividade neste cenário incerto, complexo e volátil. Em nosso Blog, fizemos a retrospectiva dos melhores momentos destes Encontros. Um brinde às conquistas de 2020 e esperanças para 2021! Já vimos que há muito a comemorar e a agradecer. Então aproveite a “festa da firma”, momento em que é possível a conexão, de forma mais despojada e informal, e se relacione com todos, ativando seu networking e aproveite para relaxar e recarregar as energias. A empresa, por sua vez, pode reforçar ao colaborador seus valores e demonstrar que se importa com o bem-estar de seus colaboradores e reconhece o esforço de todos para alcance dos resultados. Isso é fundamental para o employer branding (fator que descreve a reputação da empresa como um bom local de trabalho e sua proposta de valor para o funcionário). Além disso, a confraternização também pode ser um termômetro do clima organizacional. Uma abstenção significativa deve ter seu motivo mapeado e analisado. Afinal, se os colaboradores estão felizes com seu trabalho e com a empresa, vão querer celebrar e participar desse momento de descontração. Novos formatos, antigos fortalecimentos dos laços Como se manter inovador nas confraternizações? A criatividade deve ser o foco do planejamento dessas festas virtuais, algumas empresas optam por enviar comidas e presentes para a casa do colaborador, outras apostam em lives de música ao vivo que incluam todos os times e tem aqueles que optam por comemorações pelo sistema drive in, que teve grande alta nos últimos meses. Ainda segundo dados da pesquisa feita pela Ticket, 66% das organizações vão entregar algum presente aos colaboradores, cerca de 32% darão cestas de Natal, 20% pretendem presentear os funcionários com dinheiro e 14% vão apostar em presentes físicos. Já vimos que o Planejamento é fundamental para diversos aspectos das organizações, inclusive para a organização de uma festa. Colha informações de seu time, veja o que a equipe espera e alinhe as expectativas com o que a empresa pode proporcionar. Pense em ideias inovadoras e que tragam mais interatividade durante as atividades online. Premiações e reconhecimentos também são uma boa forma de engajar os colaboradores nestes eventos. Analise o cenário da empresa e avalie se vale a pena destacar algum colaborador ou equipe que executou serviços excepcionais durante o ano. Ou faça sorteios entre todos pelo simples prazer de gerar uma expectativa saudável. Independentemente do tamanho, porte, formato ou recursos da empresa, é importante aproveitar o momento de confraternização para trazer pautas relevantes, presentes nas discussões das empresas, reforçando seus valores, a fim de que todos possam opinar e se sensibilizar: diversidade e inclusão (D&I) ; questões ambientais, sociais e de governança a necessidade do desenvolvimento constante são alguns bons exemplos. Dicas da Dynamica O ano foi difícil e exigiu uma adaptação de todos. Comemore. Aposte em uma comunicação fluida e aberta a todos. Dialogue. Estamos isolados socialmente, mas nunca desconectados. Interaja. Conviva com as incertezas de 2021. Planeje-se Flexibilize sua forma de pensar e de agir. Transforme-se. Busque autoconhecimento e evolução. Desenvolva-se. Valorize as pessoas que ama e respeita. Agradeça. A Dynamica Consultoria estima os melhores sentimentos a nossos amigos, parceiros e clientes. Boas confraternizações! Recebam o abraço caloroso virtual de toda a nossa equipe! Manteremos nosso escritório em funcionamento, com exceção de 24 e 31/12. Somos experts em planejamento, mudanças, cultura e desenvolvimento. Conheça mais do nosso trabalho e aposte no melhor para o seu time! .fb-background-color { background: !important; } .fb_iframe_widget_fluid_desktop iframe { width: 100% !important; }