Dynamica patrocina 2ª reunião do comitê aberto de inovação da AMCHAM-SP.
Encontro analisa como a cultura de inovação contribui para os negócios.
Fotos: Dynamica Consultoria
A AMCHAM-SP realizou em maio a 2ª Reunião do Comitê Aberto de Inovação. Sob o tema “Como a cultura de inovação pode contribuir para o desenvolvimento dos negócios”, discutiu-se como desenvolver uma cultura inovadora dentro das empresas e quais seus impactos na produtividade. Palestrantes convidados: Jaime Ozi (Walking the Talk), Patricia Hulle (Alphaville Urbanismo) e Elier Junior (Nubank). O presidente do comitê, Maximiliano Carlomagno, conduziu o encontro apontando as principais questões relacionadas à ideia de inovação e fazendo a ponte entre os temas abordados pelos palestrantes.
Conceituando inovação e cultura organizacional
Em matemática, o termo “expoente” é o número indicativo da potência a que uma certa quantidade é elevada. Também qualifica a personalidade que se eleva acima do padrão comum, tornando-se com suas atitudes ou ideias um exemplo em seu meio de atuação. No campo dos negócios, a expressão “exponencial” identifica a empresa que, com seus projetos e produtos lançados ao mercado, produz um impacto desproporcionalmente maior quando comparada às empresas de modelo tradicional – aquelas identificadas como portadoras de “mindset linear” (“mentalidade linear”).
Jaime Ozi (foto) tratou essencialmente dos fatores que diferenciam as empresas exponenciais das lineares. Melhor dizendo, apresentou definições para o conceito de inovação e as formas de sua incorporação pela cultura organizacional. Para ele as empresas exponenciais lidam com ferramentas mais colaborativas e suas ações têm maior transparência. O que se reflete no mercado, com mecanismos de relacionamento que permitem aos clientes serem mais ativos enquanto consumidores. Erros são assimilados como aprendizado e sua superação significa galgar degraus de avanço no planejamento das ações. Nas empresas lineares os erros são combatidos.
O papel da liderança se destaca na condução ou assimilação das inovações. Não há um “passo a passo” definitivo para cada ação: existem riscos e incertezas, mas há um “conforto” na gestão porque o foco da liderança são os princípios e propósitos da organização. Administram os princípios para gerar alinhamento interno, com consistência em cada ação e empoderamento dos envolvidos.
A apresentação de Jaime Ozi está disponível para os associados AMCHAM em arquivo PDF. Basta acessar a página AMCHAM CONNECT/APRESENTAÇÕES
Inovação moldando projetos
Patricia Hulle (foto) apresentou a evolução dos projetos ou programas de inovação em sua empresa. Inivialmente incorporaram em seus projetos startups como fornecedoras e, ao longo do tempo, tornando-se parceiras na formulação de novos projetos. A Alphaville Urbanismo lançou um programa nacional que atraiu a participação de 160 startups. Destas, 22 foram selecionadas para um programa de inovação, reduzidas a 12 que participaram de uma semana em conexão direta com a empresa e resultando na contratação de 06 delas para atuar em diversas áreas de especialização da empresa. Esse programa foi atualizado em 2018 para 3 ciclos mais curtos de absorção das startups. Com um programa mais enxuto, a participação é aberta também a todos os funcionários da empresa.
Segundo Hulle, o Alpha Labs (programa criado para transformar novas ideias em projetos, produtos e serviços) trabalha sob a diretiva de que inovação deve gerar receita e com recursos internos capazes de estimular o envolvimento de funcionários – como, por exemplo, um sistema de incubação de empresas.
Lyrian Faria, sócia-diretora da Dynamica, compôs mesa com convidados das empresas: Leroy Merlin, MD Soluções, AES e Cidade Matarazzo.
Antes das apresentações, os participantes discutiram como o tema da inovação é encarado por suas empresas. Lyrian Faria chamou a atenção para a importância das lideranças na assimilação das inovações, destacando a necessidade de facilitar a criatividade e minimizar a burocracia.
Inovação confrontando o mercado
Encerrando as apresentações, Elier Júnior também expôs um histórico de sua empresa e o modelo seguido para incorporar inovações. Dadas as características do Nubank – organização financeira com funcionamento e produtos exclusivamente digitais – sua criação por si só entra no rol de inovações recentes do mercado – ainda que tendo que seguir as mesmas regulações oficiais do setor bancário tradicional. Assim, Elier Júnior entende que inovação é diferente de disrupção, assim como o mais importante é procurar compreender o quanto a cultura de uma empresa é sensível às inovações. Para ele, “não existe cultura de inovação”.
Em sua empresa, a ideia de inovação está presente no modelo de funcionamento interno, na utilização do espaço e as instalações da empresa, as formas de incorporar novos funcionários (espírito cooperativo e proativo) e, em especial, buscando um atendimento imediato e personalizado a cada solicitação dos clientes.
Inovação é assunto permanente entre as atividades da Dynamica Consultoria. Por meio de artigos, entrevistas, participação em eventos e nos cursos oferecidos ao mercado, a consultoria sempre oferece uma concepção de trabalho atenta à necessidade de inovação requerida pelo mercado às organizações.
Convergência de ideias
Na fase final do encontro, uma rodada com perguntas e respostas. O público solicitou mais detalhes, por exemplo, sobre como organizar e incorporar em novos projetos os funcionários interessados em participar. Patricia Hulle apontou que em sua empresa a participação é sempre voluntária e espontânea, com engajamento por meio de programas internos de capacitação. Para Elier Júnior é preciso evitar um ranking de qualificação dos funcionários e optar por ações que estimulem o colaborativismo.
Questionado sobre a relação entre grandes empresas e os modelos de inovação, Jaime Ozi exemplificou com o caso de uma grande empresa nacional da área farmacêutica e na produção de genéricos. Em vez de implementar internamente a criação de novos produtos, contrataram startup (instalada no vale do silício) que desenvolveu os novos produtos que, por sua vez, foram incorporados ao modelo já existente da empresa. Ozi também respondeu à questão levantada por Lyrian Faria: como as empresas de padrão linear estão percebendo que seu modelo está se exaurindo? Como suas lideranças estão lidando com isso – e especialmente qual é a situação das pequenas e médias empresas? Segundo ele, o Brasil tem condições diversas de outros países, temos muita regulação, o que impacta a capacidade de renovação da cultura organizacional. “Quando a gente está dentro dela [a mudança], a gente não percebe que está num aquário”, diz Ozi. E encontros como este, segundo ele, estão acontecendo cada vez mais o que auxilia na renovação cultural.
Gestão de mudanças para a gestão de inovações
Todos os palestrantes concordam que há 2 fatores que possibilitam à cultura organizacional empreender com o conceito de inovação: transparência na definição de objetivos e clareza na divulgação de informações disponíveis. Outro ponto de convergência é o papel da liderança para incorporar a inovação: na aceitação da voz dos profissionais em cada equipe da organização, estimulando seu empenho e participação ativa em cada ação. Tais elementos estão sempre em foco nas iniciativas da Dynamica Consultoria, em seus projetos, métodos de trabalho e seus padrões de relacionamento com os consultores.
A Dynamica Consultoria dá continuidade, apoiando eventos como este, à sua política de convergência de conhecimentos e difusão de informações sobre Gestão de Mudanças Organizacionais.
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