É fato que a Inteligência Artificial chegou para ficar!
Entretanto, as empresas ainda têm muito o que aprender sobre como gerar valor para seus negócios e seus colaboradores ao adotar ferramentas baseadas nesta nova tecnologia.
Para entender melhor o impacto da Inteligência Artificial na Cultura Organizacional e também os desafios que as empresas e suas lideranças têm enfrentado para adaptar suas realidades, a Dynamica Consultoria realizou, em janeiro, o Encontros para Mudanças: IA & Cultura Organizacional.
Participaram deste evento: Pedro Augusto Bocchese, head de inovação e tecnologia; Sueli Oliveira, gerente de projetos de inovação; Agostino Carletti, diretor de novos negócios da Dynamica; Lilian Ramos, diretora de operações da Dynamica; e Sandra Martins, head de relacionamento da Dynamica.
Todos compartilharam vivências e reflexões sobre como esta incrível tecnologia tem transformado as empresas e as pessoas.
IA: uma nova realidade nas corporações
Será que todas as empresas utilizam ferramentas baseadas em IA no seu dia-a-dia? Há como medir o ganho da adoção da IA nos negócios?
De acordo com Bocchese, uma pesquisa da Microsoft realizada com 31 mil pessoas em 31 países mostra que para cada 1 dólar investido em IA, há um retorno de 3,05 dólares.
Ou seja, empresas que investem em Inteligência Artificial já estão colhendo frutos e alavancando os seus negócios.
“A pesquisa também mostra que 68% dos entrevistados têm dificuldade em lidar com o alto volume de trabalho. Para resolver este problema, ou contrata mais gente ou adota a IA”, alerta Bocchese.
Algumas das funcionalidades que a IA pode auxiliar:
- criatividade
- prospecção de clientes
- monitoramento de performance
- assistente virtual para pós-venda
- segmentação da carteira de clientes
- desenvolvimento de novos produtos
Para Agostino, a IA veio para ficar. Mas é necessário ter alguns cuidados ao adotar a Inteligência Artificial, como entender o que quer como estratégia na empresa com a IA.
“É preciso entender que a IA mexe com a estratégia, e esta mexe com processos, que mexe com pessoas. Ao implementar tecnologias baseadas em IA, é necessário ter a preocupação com as expectativas dos stakeholders e dos clientes”, alerta o diretor da Dynamica.
Pessoas X Inteligência Artificial
De acordo com Agostino, as empresas precisam ter um olhar diferenciado para os colaboradores. São eles que irão manusear e trabalhar com as tecnologias baseadas em IA.
“Ao adotarem a IA, as empresas precisam ter um plano de ação que garanta que os colaboradores não se sintam ameaçados. Tudo o que é novo pode assustar. Trazer as pessoas para dentro do projeto, capacitar e comunicar de forma clara desde o início do processo, é fundamental”, instrui Agostino.
Lilian explica que a resistência por parte de algumas pessoas pode ser um processo natural. A partir do momento que há uma transparência sobre os planos da empresa em torno da adoção das novas tecnologias baseadas em IA, mostrando os benefícios e o verdadeiro propósito da organização, as pessoas tendem a apoiar o processo.
“Aqui entram os Soft Skills, como senso crítico, visão analítica, trabalho em equipe e comunicação. Não basta apenas implementar a IA. Precisa haver pessoas qualificadas que tenham estas habilidades para que as ferramentas de fato gerem valor”, esclarece Lilian.
A inteligência emocional também é outra habilidade considerada relevante para Sueli Oliveira. “Ao implementarem a IA, as organizações devem se preocupar em criar condições de ambientes seguros. Isto faz toda a diferença para os colaboradores”, comenta.
O que IA tem a ver com Cultura Organizacional?
Segundo o modelo de Cultura Organizacional desenvolvido por Cameron e Quinn, existem 4 tipos de cultura: clã, hierárquica, adhocracy e mercado.
A cultura clã tem um viés mais colaborativo e familiar. Enfatiza o desenvolvimento humano, favorecendo o aprendizado. Neste tipo de cultura, a IA pode ser uma ótima aliada para avanço do autoconhecimento.
A cultura hierárquica visa o controle. Nela, a liderança tem uma postura de coordenação e eficiência. Sendo assim, a IA pode apoiar no aumento da eficiência.
A cultura de mercado é voltada para a competição. Neste ambiente, as pessoas são altamente competitivas e visam estar sempre à frente de seus concorrentes. A IA pode ser uma forte aliada no desenvolvimento de estratégias e análise de mercado.
A cultura adhocracy é criativa e inovadora. A liderança é mais empreendedora, flexível e adaptável. Neste caso, a IA pode ser uma boa ferramenta para auxiliar as pessoas a buscarem ações inovadoras.
Os próximos pessoas na adoção da IA
A Inteligência Artificial tem auxiliado empresas e pessoas a realizarem seus serviços com mais agilidade. Mas ainda há muito o que aprendermos e crescermos com o auxílio desta tecnologia.
Pessoas têm utilizado a IA para executar uma série de atividades – pessoais ou profissionais – e muitas empresas ainda não oficializaram o uso de IA. Esta pode ser uma lacuna que ainda precisa ser revista e analisada.
Com certeza a IA está criando um marco na forma como a humanidade trabalha e muita coisa ainda está por vir.
Durante o bate-papo, Agostino indicou o livro Ócio Criativo, escrito pelo sociólogo do trabalho italiano Domenico De Masi.
“O livro mostra que chegará um momento em que haverá menos pessoas trabalhando. É um ponto a se refletir. Como será a transformação das empresas para se manterem competitivas”, finaliza.
Se sua empresa está passando por transformações, podemos ajudar!
Assista ao evento na íntegra no nosso canal do Youtube.
Somos especialistas em estratégia, cultura, liderança e mudanças. Conte com a gente para TRANSFORMAR EM AÇÃO OS CAMINHOS DA INOVAÇÃO!