Nos dias de hoje, investir em ESG (Governança Ambiental Social e Corporativa) tem sido mais do que obrigatório nas empresas que pretendem ter um crescimento sustentável a longo prazo.
Do inglês: Environmental, Social and Governance (ESG) esta sigla abrange diversas considerações relacionadas a sustentabilidade ambiental, responsabilidade social e governança ética.
Sendo esta uma prática muito recente – o termo ESG foi criado em 2005 por Kofi Annan, secretário-geral da ONU na época – muitas organizações ainda estão se adequando para incorporar o ESG no seu dia a dia. Outras, já têm esta prática incorporada na sua cultura, porém ainda de forma superficial.
As vantagens do ESG na organização
Investir em ESG pode desbloquear inúmeros benefícios para uma organização. No Brasil, empresas de diversos segmentos e tamanhos obtêm incentivo fiscal do Governo Federal para investirem em Cultura.
Para Locca Faria, diretor de cinema, as organizações deveriam aproveitar a oportunidade do incentivo fiscal do governo para investir mais em cultura. “Os cidadãos dão mais valor às marcas que patrocinam eventos culturais. Há 40 anos que trabalho com cinema e cultura e percebo isso claramente”, explica.
Oportunidade de Investimento em Cultura
Apaixonado pela Amazônia, onde trabalha por muitos anos, Locca criou o Festival de Cinema de Alter do Chão. Após quatro edições memoráveis em Alter do Chão / Amazônia, 2019 – 2022, fez a evolução do festival, realizando o 5º Festival Arandu de Cinema e Cultura da Amazônia – Festival Arandu de Cinema e Cultura.
Com este novo formato de Festival inicia uma nova jornada itinerante, ampliando sua missão para além das águas tranquilas do Tapajós e alcançando a vastidão da Amazônia.
“O Festival será realizado anualmente em uma cidade a ser selecionada entre os estados amazônicos, trazendo para as regiões o audiovisual e estimulando a cultura e o desenvolvimento socioeconômico local. O Festival deixa um legado para a cidade e as comunidades do entorno e este ano vai acontecer em Manaus”, completa o diretor de cinema.
Participam do Festival povos indígenas, escolas, crianças e famílias locais. Muitos atravessam o rio para assistir a um filme no telão pela primeira vez.
Para quem tem interesse em participar do evento, deve acessar o portal Festival de Alter do Chão. Nele a pessoa assiste os Festivais que aconteceram anteriormente.
Para este ano foi criada a plataforma streaming exclusiva FestAlterPlay https://festivaldealterdochao.com.br/festalterplay/ . Basta realizar o cadastro e ter acesso 24hs o ano inteiro a todo o conteúdo com mais de 200 filmes nacionais e internacionais, palestras, debates, música, entre outras. O evento é totalmente gratuito em todas as suas ações.
“Todos os anos cerca de 30 mil pessoas de diversos países participam do festival de forma online e presencialmente. As empresas que patrocinarem a plataforma FestAlterPlay terão a sua marca e seu conteúdo institucional na plataforma. Assim, ganham visibilidade e presença de branding o ano inteiro para milhares de pessoas.”, enfatiza o cineasta.
Segundo Locca, esta é uma grande oportunidade para as organizações investirem em cultura e iniciarem a jornada ESG. “Já tivemos o patrocínio da Vale, do Banco Pará e de outras organizações. Todos os anos contamos com o apoio de governos de diversos países, como Espanha e França.”
O 5º Festival Arandu de Cinema e Cultura da Amazônia é um canal aberto para que as empresas e suas marcas sejam vistas e conhecidas não só no Brasil como em outras partes do mundo.
“O nosso Festival fomenta a socioeconomia local. Todos os anos, são cerca de 80 a 90% de pessoas da comunidade local trabalhando em nosso evento. Além disso, trazemos também desenvolvimento para as empresas, para o turismo e para a cidade como um todo”, comenta Locca.
A Dynamica Consultoria é uma das empresas apoiadoras do 5º Festival Arandu de Cinema e Cultura da Amazônia, em conjunto com outras organizações, produtoras e canais de televisão. “Todos os anos viabilizamos a inclusão do festival nas Leis de Incentivos Culturais e estamos sempre abertos para a participação de empresas que queiram apoiar ou patrocinar o nosso Festival”. Caso haja interesse, basta enviar um e-mail para o Instituto Arandu da Amazônia – IAA (instituição sem fins lucrativos): institutoaranduiaa@gmail.com.
Os desafios de incorporar o ESG na Cultura Organizacional
A integração da política de ESG na cultura organizacional faz com que a empresa respire novos ares, se torne inovadora e atraia olhares interessantes. No entanto, há toda uma mudança a se fazer para incorporar as práticas de ESG e isso requer conhecimento, planejamento e ação.
“Os desafios de sustentabilidade e as necessidades sociais exigem muitas vezes que as organizações pensem fora da caixa e encontrem soluções criativas. Uma consultoria de gestão de mudanças organizacionais, como a Dynamica, pode ajudar as empresas nessa missão”, comenta Lyrian Faria, diretora da Dynamica Consultoria.
De acordo com um estudo da PwC, 83% dos consumidores acreditam que as empresas deveriam moldar ativamente as melhores práticas ESG, enquanto que 86% das pessoas querem trabalhar para empresas que tenham os mesmos valores que eles.
“ESG faz parte da cultura da empresa e deve ser inserida nos planejamentos, nas atividades com os colaboradores, na cultura e no propósito”, conclui Lyrian.
O papel da liderança em relação ao ESG
Os líderes precisam compartilhar uma visão clara que estabeleça porque ESG é assunto de interesse de todos. A prática de ESG nas empresas deve ser integrada ao todo e contar com KPIs para que haja uma forma de monitoramento e melhorias.
É imprescindível que o board lidere o caminho e apoie as transformações para que a organização crie a cultura voltada para práticas de ESG. Com toda a certeza, a mudança cultural é essencial para o sucesso de uma transição ESG.
Executar e incorporar a mudança cultural em toda a organização é uma tarefa complexa porque requer a adesão de todos, desde o topo da pirâmide até a base. É um esforço em conjunto.
Um estudo da PWC sobre ESG
A PwC conduziu um estudo com 1.050 colaboradores em funções relacionadas com ESG em organizações na Alemanha, no Reino Unido e nos EUA.
No geral, 84% dos entrevistados disseram que a mudança cultural foi relevante para alcançar transformações ESG bem-sucedidas e 80% acreditam que tanto a liderança sênior quanto os colaboradores têm um papel crítico a desempenhar.
Como destacam os resultados da pesquisa, as mudanças culturais ESG mais bem-sucedidas são impulsionadas tanto pelo topo como pela base das organizações. A alta administração deve definir a direção e liderar pelo exemplo, enquanto os funcionários devem abraçar e incorporar valores e comportamentos ESG no seu trabalho diário.
A gestão intermédia também tem um papel importante na condução das mudanças ESG – até porque uma transformação bem-sucedida só pode ser alcançada com toda a organização a bordo e caminhando na mesma direção.
Clique aqui para acessar o estudo na íntegra.
Panorama ESG 2024 by Amcham e Humanizadas
A Amcham e a Humanizadas realizaram uma pesquisa com 687 líderes empresariais brasileiros, na qual 57% dos respondentes são altos executivos de empresas que, juntas, empregam meio milhão de pessoas e totalizam um faturamento de R$ 756 bilhões.
Com a implementação de práticas ESG pela maioria inicial e adotantes iniciais, as quais passam para o próximo estágio de adoção da agenda ESG, a pesquisa aponta que em 2024 a maior parcela do mercado (71%) já aderiu à agenda ESG, um aumento de 24% na comparação com 2023 (47%).
Alguns pontos interessantes da pesquisa:
- 78% afirmam buscar ter um impacto mais positivo em questões ambientais e sociais
- 77% dizem que estão buscando fortalecer a reputação no mercado ao entrarem na agenda
- 63% estão na agenda para fortalecer a relação com os stakeholders
A dificuldade de mensurar indicadores e a ausência de cultura ESG realmente forte continuam sendo os principais desafios da agenda ESG. Para a maioria tardia, a falta de conhecimento interno, ausência de uma visão estratégia e recursos financeiros são os principais desafios para conseguir avançar na agenda ESG.
O pilar social é a prioridade para 72% dos respondentes, seguido de governança (68%) e ambiental (66%).
Para Lyrian, ao promover uma cultura que incentiva práticas responsáveis e sustentáveis com foco na colaboração e na melhoria contínua, as organizações criam valor e impulsionam seus negócios para a inovação e a constante mudança.
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