A Dynamica Consultoria promoveu na terça-feira (20) um Encontro em São Paulo para apresentar às empresas novas formas de lidar com um programa de Gestão de Mudanças Organizacionais. O evento retoma a série Encontros para Mudanças, lançada em fins do ano passado no Rio de Janeiro, abrindo a programação de eventos da consultoria para 2013. Na oportunidade houve o lançamento da 2ª PNM-GMO Pesquisa Nacional sobre a Maturidade da Gestão de Mudanças Organizacionais nas Empresas.
Representantes de 13 empresas participaram do evento, voltado a analisar os desafios e as alternativas para concretizar transformações administrativas. Tanto quanto de gestores competentes, as empresas precisam de líderes capazes de promover a mudança na gestão por meio de exemplos de comprometimento e credibilidade. Necessitam também de pessoas capazes de gerar coalizão, compartilhar responsabilidades e de fazer com que o senso de urgência tome conta do dia-a-dia de todos os envolvidos nos processos de mudanças.
GMO depende de patrocínio e exemplo dos gestores
Após a apresentação dos objetivos do evento pela sócia-diretora Lyrian Faria, o também sócio-diretor Mário Fonseca, iniciou sua palestra citando as regras do “Jogo da Vida”, desenvolvido pelo matemático britânico John Conway, como maneira de retratar um problema que atinge muitas empresas: o combate às consequências ao invés das causas.
A seguir, citando o livro “Leading Change” (“Liderando mudança – Um plano de ação para fazer as coisas acontecerem” de Jonh Kotter), tratou dos 8 principais erros cometidos no processo de mudanças organizacionais:
- não criar um sentido de urgência adequado entre executivos e funcionários;
- não criar uma forte coalizão entre as lideranças da mudança, condenando o projeto ao naufrágio por falta de apoio;
- subestimar o poder da visão corporativa, que representa a cultura e ambiente da instituição e, portanto, um alavancador ou inibidor da transformação;
- não comunicar a visão da mudança de forma adequada, demonstrando a viabilidade da proposta e os benefícios gerados;
- não estimular a transferência de poder e responsabilidades para que os funcionários possam promover a mudança;
- não obter vitórias em curto prazo e não definir objetivos intermediários;
- declarar vitória muito cedo, antes de haver tempo de incorporar a nova cultura;
- não incorporar as mudanças à cultura organizacional – e para isso é fundamental mostrar como novos comportamentos e atitudes melhoram o desenvolvimento.
Mário Fonseca alertou que “a liderança é mais que boa gestão. O ambiente organizacional de hoje, no seu imediatismo, não privilegia a formação de líderes. As empresas valorizam a gestão formal das estruturas e se esquecem da importância dos líderes. As lideranças estão mais preocupadas com a resistência dos funcionários à mudança e não colocam foco em seu papel de transformador”.
Fonseca também lembrou que é necessário organizar um ambiente para receber a nova realidade e ficar atento aos contratempos no momento de transição. Para ele, “é preciso utilizar indicativos que avaliem o processo de mudança e lembrar que muitas pessoas, por falta de formação e acompanhamento, não estão integradas às mudanças porque não entenderam o processo”. E completa: “nos processos de mudanças, é um erro optar por não investir na qualificação da equipe como forma de reduzir custos”. “Muitas vezes a empresa reduz custos de forma inadequada, substituindo bons profissionais por outros mais novos, com menores custos, mas que cometem mais erros”.
Lideranças e lições aprendidas
Lyrian Faria ponderou que muitas companhias realizam um bom trabalho de coleta das lições aprendidas, mas não disseminam essa informação para a organização, além de não reutilizar o conhecimento acumulado para aperfeiçoar a gestão. Para ela, “ainda falta formar no país lideranças situacionais, aquelas que tocam cotidianamente os princípios da gestão da mudança e mantêm uma capacidade de solucionar conflitos e trabalhar de maneira interdisciplinar. A capacidade de gerar acordo é da liderança. O líder é aquele capaz de juntar projetos e fazer acontecer”, ressaltou.
GMO em pesquisa nacional
O Encontro foi oportunidade também para o lançamento da 2ª PNM-GMO Pesquisa Nacional sobre a Maturidade da Gestão de Mudanças Organizacionais nas Empresas. A 2ª edição da pesquisa ampliou o questionário da 1ª PNM-GMO, detalhando mais alguns temas e abrindo espaço para respostas dissertativas, o que vai permitir aprofundar a compreensão do trato empresarial com a GMO.
Os dados da 1ª PNM-GMO só reforçam a necessidade de aprimorar o enfoque no papel de gestores e lideranças: “Os programas de formação de líderes devem ser revistos para focar em mudança”, acredita Lyrian Faria. “O analfabeto funcional corporativo, aquele que lê mas não entende o que leu, está dentro de nossas empresas, sentado na mesa de gestão”.
A avaliação do Encontro
Os participantes apontaram que o evento foi importante não só pela organização ou pelos assuntos abordados. De acordo com sua avaliação, o Encontro permitiu que profissionais de diferentes empresas compartilhassem suas experiências – o que é sempre fecundo para o aperfeiçoamento de cada cultura corporativa. Aliás, o tema da cultura corporativa foi indicado como um dos mais importantes no âmbito da GMO, entre outros como o papel da liderança ou metodologia de trabalho.
Outro dado positivo para a avaliação do Encontro foi o tempo dedicado ao “Painel de Mudanças”: reunidos em grupos, os participantes puderam avaliar a GMO como instrumento de trabalho dentro de suas empresas e compartilhar, ao final, de que maneira a GMO é importante e produtiva para cada um deles.
Alguns depoimentos confirmam a importância da iniciativa da Dynamica Consultoria. Segundo Marcos da Cunha Ribeiro (Santal Equipamentos), “o evento (…) foi uma rara oportunidade de podermos discutir sobre um tema ainda pouco reconhecido no desenvolvimento das organizações (…). A participação de cada um depois da breve colocação de embasamento teórico por parte da Dynamica, a meu ver, é a verdadeira expressão e exercício (…) da mola propulsora que é o compartilhamento de conhecimento. Isto é um dos pilares de construção de valor para as pessoas, empresas e sociedade. Apoio estas iniciativas com muita satisfação e recomendo a quem quer que se interesse em evoluir em temas críticos para o sucesso das organizações que não percam estas raras oportunidades”.
Para Silvana Trindade Martins (Natura), “nós precisamos cada vez mais de espaços para compartilhar experiências que inspirem a nossa contribuição para o sucesso de mudanças organizacionais. Parabéns pela iniciativa!” E segundo Tatiana Kiepper (AGCO América do Sul) foi uma “excelente oportunidade para aprender, ter insights e trocar ideias e experiências com profissionais de alto nível”.
Novos Encontros
A Dynamica Consultoria já programou a série Encontros para Mudanças de 2013 para outras cidades. Assim, o próximo Encontro será dia 04 de abril no Rio de Janeiro. Seguem: Belo Horizonte, 18/4; Caxias, 15/5; Porto Alegre, 16/5 e, nos dias 01 e 08 de agosto, respectivamente em São Paulo e Rio de Janeiro, para divulgar os resultados da 2ª PNM-GMO.
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