O Profissional de Gestão de Mudanças Organizacionais
Que tal ouvir o artigo? Experimente no player abaixo: Muito se fala sobre a Gestão de Mudanças Organizacionais, mas vemos poucos materiais que explicam quem é esse profissional. Por isso resolvemos produzir um texto dedicado a explicar sobre essa nova função dentro das Organizações. A Gestão da Mudança (também conhecida como Change Management) não é uma área tão nova, mas se comparada a outras áreas dentro de uma organização, podemos afirmar que é algo ainda muito recente e que tem se transformado ao longo dos anos. Hoje, muitas empresas não realizam mais projetos (sejam eles de tecnologia ou não) sem incluir no escopo o planejamento da mudança. Tal atividade tem crescido dentro das organizações e se mostrado muito importante, tanto que o Gestor da Mudança passou a ser um profissional diferenciado e com muita perspectiva de crescimento nas empresas atualmente. Com a pandemia, os processos de gestão de pessoas e organizações se transformaram. Quem diria que em poucas semanas milhares de empresas iriam se organizar rapidamente para seus colaboradores trabalharem de casa e manterem os negócios em pleno vapor. Com essa mudança, a Cultura Organizacional também alterou. Empresas que antes não enxergavam o trabalho de casa como algo interessante e possível, precisaram mudar o mindset e seus gestores descobriram que dava tanto certo quanto o trabalho presencial no escritório. Hoje, o líder de Mudanças Organizacionais é uma nova competência dentro das empresas. É aquele que lidera as transformações e segura a bandeira da mudança, mostrando que a inovação (de mindset ágil, transformação digital, operacional e tantas outras) traz muitos benefícios, afinal de contas, o mundo está em constante mudança. E por ser uma nova competência no mercado, a procura por este líder com certificação tem sido alta. É fato que muitas empresas têm buscado no mercado profissional certificado em Gestão de Mudança Organizacional ou solicitado que alguns cargos-chave na liderança busquem a certificação em Gestão de Mudança. O Papel do Líder da Mudança É aquele profissional embaixador da inovação e transformação na empresa, aquele que dissemina a importância e a necessidade de um projeto de Change Management bem elaborado, comunicado e sustentável. O Líder de Mudanças é responsável pelo planejamento, a execução dos projetos de mudança e a coordenação dos processos que irão garantir a sustentação dos novos modelos na organização, incluindo a realização de comunicações, treinamento, envolvimento de partes interessadas, avaliação de impacto de mudanças, análise de prontidão organizacional, gerenciamento de resistência e reforço de mudanças. Desempenha um papel fundamental para garantir que a mudança organizacional seja de entendimento de todos, que o senso de urgência seja compreendido e que cada um se transforme no que for preciso para abraçar a mudança. É importante que vá além das técnicas e práticas de projetos, pois é responsável por cuidar do lado humano da mudança. Ser o embaixador da transformação é enxergar as necessidades dos colaboradores envolvidos, bem como ouvir seus medos e anseios, realizando o verdadeiro processo de escuta ativa e apoio às pessoas envolvidas. A criação e a implementação de estratégias e planos de gerenciamento de mudanças são dois conhecimentos que este profissional precisa desenvolver, afinal de contas, trabalhará para impulsionar a adoção de novas práticas, sistemas ou cultura mais rapidamente. Essas melhorias aumentarão a realização de benefícios, a criação de valor, o ROI e a obtenção de resultados. O líder da mudança atua como um facilitador para demais líderes e executivos seniores, ajudando-os a cumprir o papel de patrocinador da mudança. Pode fornecer suporte direto e orientação a todos os níveis de gerentes e supervisores, pois eles ajudam suas equipes diretas durante a transição. Também apoia as equipes de projeto na integração das atividades de gerenciamento de mudanças em seus planos de projeto. Funções e Responsabilidades de Um Profissional Que Lidera Mudanças: Apoia os esforços de comunicação;Apoia a concepção, desenvolvimento, entrega e gestão de comunicações;Avalia o impacto da mudança organizacional nas diversas estruturas e áreas da empresa;Conduz análises de impacto, avalia a prontidão para mudanças e identifica as principais partes interessadas;Apoia os esforços de treinamento;Monitora os riscos da mudança;Apoia a empresa nas decisões sobre os caminhos da mudança, criando o senso de urgência necessário; Fornece informações, documenta os requisitos e apoia o design e a entrega de programas de treinamento e de gestão do conhecimento;Identifica, analisa e prepara táticas de mitigação de riscos;Identifica e gerencia a resistência prevista;Consulta e treina equipe de projeto;Apoia líderes seniores;Coordena esforços com outros especialistas;Aplica uma metodologia estruturada e lidera as atividades de gerenciamento de mudanças organizacionais;Aplica um processo e ferramentas de gerenciamento de mudanças organizacionais para criar uma estratégia para apoiar a adoção das inovações exigidas por um projeto ou iniciativa. Alguns Soft Skills que Fazem Toda a Diferença Para Este Profissional: 1. Comunicação InterpessoalA capacidade de se comunicar é essencial para muitos trabalhos. No entanto, é absolutamente crítico para os líderes de mudança organizacional. As habilidades de comunicação ajudam: Mitigar a resistência dos funcionários;Aumentar a motivação, o moral e a produtividade;Melhorar a colaboração em todos os níveis, aumentando a produtividade do programa;Obtenção de feedback de maior qualidade dos participantes e partes interessadas. Todo programa de gerenciamento de mudanças organizacionais é conduzido por seus funcionários. Quanto melhor você puder comunicar a visão, o plano e os benefícios do programa, mais bem-sucedida será a iniciativa. 2. LiderançaA liderança é essencial para impulsionar os programas de mudança organizacional. Todo colaborador precisa de: Exemplos a seguir;Uma direção para se mover;Uma visão e uma história para manter. 3. VisãoVisão é a capacidade de ver o estado “depois” de um programa. Ter visão ajuda: Os colaboradores a enxergarem em qual direção estão se movendo;Melhorar a motivação;Criar uma história de mudança para seguir. Os líderes de mudança geralmente são aqueles que possuem e promovem essa visão. Embora a mudança organizacional não seja impossível sem visão, é a visão que define a direção e o propósito de uma iniciativa de mudança. 4. Conhecimento DigitalHoje, o conhecimento digital tornou-se essencial para todos os cargos, incluindo os profissionais que lideram mudanças Há várias razões para isso: Muitos dos esforços de mudança de hoje são impulsionados pela tecnologia digital;A tecnologia digital pode melhorar os resultados de um programa de mudança organizacional;Modelos de negócios digitais, como o ágil, podem melhorar os cronogramas dos programas de mudança, diminuir custos e obter melhores resultados. O Gestor de Mudanças Organizacionais deve entender como o digital impacta uma empresa moderna. Aqueles que o fizerem terão maior sucesso do que aqueles que não o fizerem. Quer saber como obter a certificação para ser um Gestor de Mudanças Organizacionais? A Dynamica Consultoria promove cursos online de formação e certificação de Líder de Mudanças. Venha fazer parte da próxima turma ou peça informações de como levar esse tema para sua empresa. Somos especialistas em estratégia, cultura, liderança e mudanças. Conte com a gente!Todo mês novos conteúdos em nosso blog e redes sociais. Acompanhe! .fb-background-color { background: !important; } .fb_iframe_widget_fluid_desktop iframe { width: 100% !important; }
Transformação digital e novas formas de produzir e pensar (*)
Ilustração: Sizenando A aceitação de inovações não é sempre imediata – um produto, uma atitude; um equipamento, um novo procedimento operacional ou um novo ângulo para pensar sobre a vida social. Sua assimilação depende de como são divulgadas e como seus efeitos são compartilhados. É uma boa inovação o “Watson” criar o trailer de um filme? E um banco usar o WhatsApp em seu contato com clientes? Quando uma inovação é socialmente significativa e de que forma cada setor de uma organização a incorpora? Algumas publicações reiteram as contribuições da Dynamica Consultoria e parceiros à discussão dos temas atuais que orientam o mundo corporativo. Destacamos: Gestão de mudanças para sustentar os processos de inovação – Agostino Carletti Na 2ª metade do século 20 avançaram a eletrônica, as telecomunicações e a tecnologia da informação. Na virada para o 21, a 4ª revolução industrial ergueu sistemas globalizados, com empresas mais ágeis e barreiras administrativas menores, estimulando a cooperação e o empreendedorismo internos. As inovações tecnológicas ganharam escala exponencial, isto é, dadas as ligações entre a sociedade e as corporações, cada inovação técnica contribui para mudanças cada vez mais rápidas no conjunto social, ampliando mais o espaço para outras inovações. As áreas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) perpassam o tecido socioeconômico e as relações produtivas apoiam-se em recursos como: inteligência artificial; realidade virtual; automação cognitiva; realidade aumentada; internet das coisas; internet industrial. Agora há novos consumidores, uma nova cidadania. As conexões sociais são mais amplas, há novos padrões de comportamento e de demandas sociais e políticas. As pessoas querem um relacionamento transparente com a área privada e o poder público. As mudanças históricas nas forças produtivas sempre afetaram as relações de trabalho. Então, não é novidade a eliminação de empregos e sua substituição por novas funções e qualificações conforme se desenvolve o campo tecnológico. Hoje, o perfil profissional inclui visão multidisciplinar e crítica, capacidade de cooperar e lidar com a integração de processos diversos. Aptos a julgar e negociar, com flexibilidade e criatividade. A formação continuada, como método de requalificação, ganha peso e, claro, não só para as áreas de TIC. A Dynamica Consultoria tem um portfólio de cursos em que gestão de pessoas e inovação administrativa e tecnológica têm destaque permanente. Para conhecer todos os cursos, incluindo os aplicados com parceiros do mercado, acesse o link a seguir: Cursos Dynamica Consultoria Novos conceitos tomaram corpo: disrupção; sustentabilidade; inovação aberta; quebra de paradigmas. O mundo do conhecimento lida com fatores mais complexos, há incertezas sobre o presente e menor clareza sobre o futuro. A análise contextual de dados é mais acurada, tem reflexos positivos para o acesso e compartilhamento de dados. A cultura corporativa aberta à revisão de modelos de gestão de pessoas permite a revisão de princípios pelas empresas e aumenta sua responsabilidade social. O cenário é para lideranças, sejam quais forem seus cargos, que acreditam na ação interdepartamental, em equipes engajadas na sustentação das mudanças e com as pessoas no centro de suas estratégias. A Dynamica vem patrocinando eventos sobre os temas mais relevantes para os profissionais e o mercado. Alguns deles trataram diretamente de inovação, gestão de pessoas e formação de profissionais na área de TI. Matérias nos links a seguir: 25/10/2018 – AMCHAM-SP Reunião especial de Gestão de Pessoas 5/10/2018 – Mesas TI “A OAB e seu compromisso com a democracia” Os fundamentos da Gestão de Transformações Organizacionais estão cada vez mais presentes nas agendas das lideranças corporativas. Seu instrumental oferece alternativas para que as atividades TIC sejam articuladas a todos os setores das organizações. Inovar nos negócios é abrir espaço para a renovação dos propósitos e as estruturas administrativas das organizações, tendo em vista a inter-relação humana baseada na diversidade. (*) Agostino Carletti é sócio-diretor da Dynamica Consultoria – dezembro/2018 Somos especialistas em estratégia, cultura e mudanças. Conte com a gente! .fb-background-color { background: !important; } .fb_iframe_widget_fluid_desktop iframe { width: 100% !important; }
Cursos in company, por que?*
Ilustração: Sizenando As organizações adaptam-se às condições do mercado, buscando as melhores práticas para atualizar suas estratégias, renovando a estrutura administrativa, seus recursos tecnológicos, os padrões de comunicação, a logística etc. As empresas sensíveis a esta dinâmica compreendem a necessidade de constante aperfeiçoamento profissional de seu quadro de colaboradores. Atenta a tais necessidades, a Dynamica Consultoria neste início de 2017 já incorporou novos cursos a seu portfólio, Mas desde o ano passado novos títulos ampliaram a grade de cursos, reorganizada de modo a ter 04 cursos aplicáveis exclusivamente in company – veja matéria aqui. Cumpre destacar que qualquer um dos cursos da Dynamica pode ser montado no formato in company. Agilidade O curso in company permite que um profissional qualificado realize a capacitação ou treinamento a um grupo determinado de colaboradores da mesma empresa e no ambiente da empresa. Diferentemente dos cursos disponíveis à inscrição pública, que atendem a profissionais de diversas empresas e diferentes perfis de ocupação. Enquanto os cursos abertos ao mercado possibilitam troca de experiências, benchmark e network, os cursos “in company” ou fechados propiciam maior integração dos colaboradores da organização, estimulando a percepção da inter-relação de suas atividades, a compreensão do trabalho cooperativo e uma visão mais ampla da estrutura da empresa. Parceria e corresponsabilidade Seja qual for o porte das organizações, geralmente a área de Recursos Humanos mantém programas para estagiários e trainees, bem como ações para a formação continuada de suas equipes. A opção pelos serviços de uma consultoria para a formação técnica e conceitual dos funcionários de uma empresa é decorrente de um plano de trabalho estratégico, visualizando suas necessidades a curto e longo prazos. Buscando a justa adequação de métodos e objetivos de diferentes áreas da empresa e sua relação com o RH, é preciso buscar os cursos in company quando não dispuser da expertise necessária, verificada a necessidade de prevenir ou corrigir problemas dentro de temas específicos da organização. Os cursos podem ser aplicados em qualquer tipo de empresa, seja qual for o porte ou área de atuação. É possível organizá-los para diferentes grupos ou equipes, sempre levando em conta sua cultura interna e os diversos perfis dos profissionais participantes. Assim, o mesmo conteúdo pode se aplicado em formatos diferentes. A avaliação dos fatores Custo X Benefícios vai além de calcular o valor de investimento dividido pela quantidade de participantes. É preciso considerar a importância da aplicação do conteúdo em casos específicos da empresa, a fim de garantir a maior agilidade na absorção do conteúdo. Informação para formação continuada A Dynamica possui grande experiência na realização de capacitações in company, utilizando de métodos próprios e conceitos inovadores. Para ter um curso in company a empresa não precisa ter em andamento um projeto de Gestão de Mudanças Organizacionais (GMO). Pode-se desejar uma capacitação preventiva,por exemplo, antecedendo a eventual formulação de um projeto específico. É importante lembrar que todos os cursos da Dynamica Consultoria podem ser aplicados no formato in company, adaptados de acordo com o perfil de cada empresa e sem prejuízo de seus conteúdos programáticos. Conheça os cursos oferecidos pela Dynamica (*) Com a colaboração de Carlos Fumani, responsável pela área de relacionamento com clientes da Dynamica Consultoria. Somos especialistas em estratégia, cultura e mudanças. Conte com a gente! .fb-background-color { background: !important; } .fb_iframe_widget_fluid_desktop iframe { width: 100% !important; }
A Gestão de Pessoas e a Gestão Orientada por Processos
Alberto Wajazenberg (Eletrobras) apresentando Lyrian Faria (Dynamica Consultoria) – Foto: Dynamica Consultoria Promovido pelo Departamento de Desenvolvimento Organizacional da Eletrobras e organizado pela Eletrobras Furnas, o seminário “O papel da Gestão de Pessoas na Gestão Orientada por Processos” ocorreu na manhã do último dia 16 de maio de 2011, em São Paulo, Capital. Coordenado por Alberto Wajazenberg (Departamento de Desenvolvimento Organizacional da Eletrobras), apresentaram-se: Carmine Pascale, Gerente de Processos e Projetos da AVIS; Lyrian Faria, Consultora em Gestão de Mudanças da Dynamica Consultoria; Marisa Ulhoa, Gerente de Desenvolvimento Organizacional e Humano da VOTORANTIM e Paula Hollo Del Grande, Consultora em Gestão de Mudança da CPFL. A abertura do evento ficou a cargo de Miguel Colassuono, Diretor de Administração da Eletrobras. Visão de sustentabilidade Em sua apresentação, Miguel Colassuono firmou o que considera essenciais para reflexão, com base em experiência já em andamento na Eletrobras. O fundamental é articular a política salarial das empresas junto a seus processos de desenvolvimento. E administrar a relação entre trabalho e sua remuneração avançando além do que chamou de tradicional visão dos sindicatos. Para Colassuono não é mais possível separar os processos de gestão dos cuidados com a inflação e a busca por melhores salários. Isso significa conciliar a política de recursos humanos e a política de desenvolvimento das empresas com a macroeconomia – nessa análise a dinâmica da macroeconomia é elemento predominante. No caso brasileiro, há três fatores positivos: ao contrário dos países europeus, nossa economia tem múltiplos recursos; em segundo lugar, temos mais alternativas para o desenvolvimento com base em energia limpa (hidrelétricas, por exemplo) e o campo energético é determinante para o desenvolvimento econômico brasileiro e, em terceiro, o Brasil “tem uma índole populacional fantástica (…), tolerância religiosa, espiritual, etc.” Assim, as áreas de RH devem ter uma visão de sustentabilidade – como parte de um processo amplo, com revisão de metas, processos de gestão e metas salariais. Para o êxito na implantação de processos Carmine Pascale, da AVIS, iniciou as intervenções com o tema “A gestão de processos: fatores críticos de sucesso na implantação”. Segundo ele, flexibilidade, disciplina, fidelização do cliente, resultados/metas e avaliação constante são palavras-chave para o êxito na gestão de processos. Carmine ressaltou ser preciso o reconhecimento dos profissionais, necessariamente sempre preparados e treinados. Imbuídos de disciplina – o que não significa “engessamento” das formas de atuação – os profissionais devem ser envolvidos com objetivos e projetos. Hoje, de acordo com ele, as universidades “não ensinam a conseguir resultados”. Também apontou que “enfrentamos os desafios do futuro com o enfoque do presente e com os instrumentos do passado”. A busca de resultados, de êxitos, deve considerar a gestão de processos como a articulação de interfaces ativas para as diversas áreas das empresas, indo além da reestruturação de um organograma. Mudanças? O que é mudança? Qual sua necessidade de acordo com os objetivos estratégicos de uma empresa? Eis o que orientou Lyrian Faria, representando a Dynamica Consultoria, em sua abordagem do tema “Gestão de mudança organizacional”. Lyrian afirmou que identificando os elementos de uma organização (pessoas, estrutura, recompensas, processos, estratégia) podemos introduzir as formas mais adequadas para suas mudanças. E que é preciso reconhecer a importância da “cultura da empresa” – porque envolve o “jeito de ser” das pessoas e estimula seu desempenho profissional. Tendo em vista o funcionamento da organização e seus fatores essenciais (processos, tecnologia e pessoas) busca-se, então, o gerenciamento da mudança organizacional. Segundo Lyrian, esse gerenciamento coloca em perspectiva questões interdependentes: mudança para que, qual sua necessidade? quem vai viver essa mudança? Gerenciar as mudanças significa identificar as áreas da empresa e prepará-las para vivenciar a transição de um modus operandi a outro. E a gestão desse movimento desenha-se em três procedimentos distintos: – gestão de prontidão organizacional: visa a eficácia da mudança, estimulando o preparo para tal; – gestão de transição: visa a estabilidade da organização durante a mudança e – gestão do conhecimento: alimenta e reforça a sustentação da mudança efetuada. Lyrian Faria também reforçou a importância de identificação da escala das mudanças, através da comunicação constante, alimentando informação e conhecimento entre os profissionais – com o decorrente equilíbrio na correlação das áreas da organização durante o processo de mudanças. Caso Votorantim Marisa Ulhoa apresentou o “Caso Votorantim: o papel da área de desenvolvimento humano e organizacional na gestão de processos”. A empresa conta com 10 mil colaboradores em 17 unidades produtivas e isso, segundo Marisa, constitui-se de características variadas que se refletem na política de gestão de pessoas. A preocupação central é com a formação dos profissionais: sedimentar conhecimentos, com motivação constante e estimulo à competitividade. Cria-se campo para o surgimento de lideranças com habilidades e competências sempre em desenvolvimento. Com referências da Andragogia (estudo das formas de educação e aprendizado de adultos) criaram-se rotinas de participação e formação de pessoal na Votorantim: reuniões planejadas e temáticas (algumas são diárias), discussões e dinâmicas de grupo, etc. Segundo Marisa Ulhoa, esse formato tem contribuído para que as lideranças e demais funcionários vejam-se integrantes dos processos de organização e funcionamento da empresa. Certas reuniões direcionam reclamações e sugestões em mudanças de comportamento ou mesmo benefícios sociais – mudança de plano odontológico, por exemplo. Outro exemplo de conduta em algumas reuniões é o “Minuto da Prioridade”, quando é feita a avaliação do trabalho realizado no dia anterior. Dentro do Sistema de Desenvolvimento Votorantim (SDV) são entrelaçadas a participação no desenvolvimento geral da empresa e planos de desenvolvimento individual (com processos de aprimoramento da escolaridade de cada um). Caso CPFL O tema abordado por Paula Hollo Del Grande foi o “Caso CPFL: o consultor interno de gestão de mudança” – com vídeo institucional da CPFL, sobre as áreas de atuação e valores da empresa. Paula usou a imagem de uma cebola para mostrar que o movimento de mudança, para a CPFL, vem de fora para dentro, atravessando camadas: a mudança surge como demanda da sociedade, do mercado, permeia a empresa e atinge seus profissionais.Desenha-se, no curso do processo, uma “curva de mudança”, onde, num momento de adaptação da organização, observa-se uma queda de produtividade – que em seguida é retomada, por força da estabilização e consolidação das mudanças operadas. Paula Hollo identificou o escopo da gestão de mudanças para a CPFL: acompanhar a estratégia organizacional e seu andamento; articular os participantes e dinamizar a comunicação. Então, os pilares da gestão de mudança são comunicação, capacitação e alinhamento organizacional. Destacou ainda que a busca por mudanças tende a enfrentar resistências e o êxito do processo rompe o que chamou de “contrato psicológico”, isto é, os hábitos internos anteriores à mudança. Mesa redonda e fechamento do seminário Após intervalo, foi aberta mesa redonda com discussões a partir das perguntas dos cerca de 80 inscritos no seminário. Lyrian Faria sintetizou os pontos principais abordados pelos palestrantes e passou a palavra a Tereza Xavier, representante no seminário do BNDES – Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social. Tereza apresentou um resumo de sua participação na “I Conferência Global de Profissionais na Gestão de Mudanças”, realizado recentemente nos E.U.A. Mencionou a participação de 700 profissionais de várias partes do mundo e o enfoque objetivo que marcou o evento. Finalizou suas observações apontando a necessidade da formação de líderes – profissionais que se destacam no trabalho em equipe e que, sempre próximo à ela, aprendem com erros e assumem o seu papel com visão de negócios. As questões levantadas pela platéia contribuíram para o detalhamento de vários pontos, principalmente relacionados ao aprimoramento do papel do profissional em gestão; o estímulo à participação dos profissionais nos processos de desenvolvimento das empresas e o reconhecimento daqueles envolvidos nos projetos de capacitação contínua .fb-background-color { background: !important; } .fb_iframe_widget_fluid_desktop iframe { width: 100% !important; }