ESG e Propósito
“O propósito torna-se a ponte do que fomos para o que seremos.” (Korn Ferry) O conceito O acrônimo ESG (environmental, social and governance) surgiu há mais de 15 anos e vem ganhando importância crescente, correspondendo a: E, Meio ambiente (environmental), relacionado ao impacto no meio ambiente, incluindo fornecedores e clientes com os quais a empresa se relaciona. Emissões de carbono (e mudanças climáticas) a partir da energia gerada/utilizada e desperdícios/descarte de materiais são exemplos de impactos negativos representativos. S, Social, trata o impacto sobre as pessoas afetadas pela empresa, empregados, clientes e sociedade. Cuidados com a saúde, promoção da diversidade e inclusão, relações laborais, bem como contribuição para comunidades são exemplos. Está associado aos relacionamentos e à reputação com os públicos com quem as empresas têm negócios. G, A governança (governance) abrange o sistema interno composto por práticas, normas e procedimentos que norteiam processos de tomada de decisão, estruturas e papéis / responsabilidades, de modo a atender às necessidades dos stakeholders (partes interessadas) e reduzir riscos (como de corrupção, por exemplo) e contribuir de forma positiva para a sociedade. A governança implica em, não somente, seguir a lei, mas também compreender seu “espírito”, como se antecipar a violações antes que elas aconteçam, ou garantir transparência e diálogo com os reguladores, em vez de tão somente apresentar relatório formais. A importância da preservação do meio ambiente, face aos danos causados pela ação humana e particularmente pela produção de bens e serviços em inúmeros setores, tem sido objeto de atenção crescente por indivíduos, empresas e governos. Se nota uma maior conscientização dos envolvidos que passam a valorizar e investir cada vez mais em iniciativas que reduzam as emissões de carbono, por exemplo. Associadas às questões ambientais, temos também aquelas de natureza social, buscando reduzir a desigualdade, promover a saúde e o bem estar, principalmente. O surgimento da pandemia, em 2020, bem como a maior frequência de fenômenos climáticos extremos (seca, chuva, altas temperaturas) vai deixando mais claro os riscos associados, demandando ações/reações urgentes de todos. As empresas, em particular, têm um papel determinante, a partir de uma conscientização de que não bastam os retornos financeiros, a maximização de valor para acionistas. As consequências externas de suas atividades devem ser consideradas. A prática mostra que os investimentos em sustentabilidade e na assim chamada “responsabilidade social”, associados à definição de mecanismos de governança alinhados a essas prioridades atraem clientes, elevam a produtividade e o valor de mercado, reduzem riscos sob uma perspectiva de médio e longo prazos e contribuem para a reputação da empresa. Com isso, o que se denomina ESG vem ganhando mais e mais destaque nas agendas empresariais. As questões ambientais têm especial importância, mas a preocupação com a dimensão social em particular também vem avançando. São aspectos que se relacionam, uma vez que o meio ambiente afeta e é afetado por pessoas, sendo estas responsáveis em grande parte pelas ações relacionadas. Trata-se de um esforço eminentemente coletivo, que envolve indivíduos, grupos, empresas e sociedades, que implica em mudanças de atitudes e comportamentos. São as escolhas de hoje que definirão o futuro. Muitos gestores e investidores já se convenceram das vantagens de considerar os fatores ambientais, sociais e de governança de uma empresa em suas decisões. O envolvimento de forma responsável com as diversas partes interessadas – de clientes e empregados a comunidades inteiras – permite implementar iniciativas que reduzem riscos regulatórios, de reputação e operacionais, para o benefício de longo prazo de todos e mais especialmente dos acionistas. Segundo a McKinsey, “Em todos os setores, geografias e tamanhos de empresas, as organizações têm alocado mais recursos para melhorar o ESG. Mais de 90% das empresas do S&P 500 agora publicam relatórios ESG de alguma forma, assim como aproximadamente 70% das empresas Russell 1000. Em várias jurisdições, a comunicação de elementos ESG é obrigatória ou está sob consideração ativa.” Conforme o The Morningstar Sustainalytics Corporate ESG Survey Report 2022, “A pesquisa revelou que os profissionais de responsabilidade social (RSE) e sustentabilidade trazem amplitude e profundidade significativas de experiência para suas funções atuais e o campo parece estar crescendo. Ao mesmo tempo, essas funções estão sendo rapidamente redefinidas e expandidas pelo aumento do foco corporativo em programas, divulgação e medição ESG.” A situação atual Em que pese a importância de criar valor para a sobrevivência e crescimento das empresas, esta perspectiva deve ir além da geração ou maximização de lucros. Sobretudo considerando o médio e o longo prazos, o sucesso empresarial é cada vez mais dependente de uma abordagem mais ampla para o que se define como valor gerado, para acionistas, empregados, clientes e sociedade. A dita “licença social” – ou seja, a percepção das partes relacionadas de que uma empresa age de forma justa, apropriada e merecedora de confiança – deve ser devidamente considerada sob uma perspectiva estratégica, ligada à sobrevivência dos negócios (McKinsey). As empresas podem conduzir suas estratégias e ações de maneira a entregar retornos sucessivos ao longo dos anos. No entanto, se as externalidades (efeitos secundários de atividades de empresas, relacionadas à produção e/ou consumo de produtos e/ou serviços com consequências que afetam outras partes não diretamente ligadas a seus negócios) não forem consideradas em suas previsões, suas estratégias podem não ser atingidas. Nesse contexto, as empresas devem garantir que seus negócios perdurem, com o apoio da sociedade, de maneira sustentável e ambientalmente viável. Para tal, muitas empresas estão se movendo rapidamente para realocar recursos e operar de forma diferente, enfrentando uma grande pressão para mudar (McKinsey). Quando uma empresa determina em quais dimensões de ESG deseja atuar bem ou com excelência, está tomando decisões importantes que terão consequências mais amplas. Empresas voltadas para o futuro tomam decisões de ESG buscando adquirir uma compreensão profunda e baseada em evidências do próprio negócio e de seus efeitos potenciais mais amplos, considerando os riscos associados às suas atividades. Tomando por base uma análise dos últimos 2 anos, que contempla o surgimento da pandemia e suas consequências que se alongam até hoje, o Fórum Econômico Mundial (WEF), publicou recentemente o relatório WEF Global Risks Report em que destaca a percepção de que os riscos sociais (erosão da coesão social, desigualdade, deterioração da saúde mental e crise de subsistência) são os que mais pioraram desde o surgimento da pandemia. Para os próximos 5 anos os riscos mais preocupantes são o social e o ambiental. O clima, em particular, em um horizonte superior a 10 anos, é a principal ameaça ao planeta com resultados negativos e até catastróficos para as pessoas, demandando ações concretas para reduzir a deterioração, sobretudo nas emissões de carbono. Quanto à situação atual das práticas de ESG, o relatório The Morningstar Sustainalytics Corporate ESG Survey Report 2022, destaca que: Gerenciando atividades ESG “Quase nove em cada dez profissionais de RSE (Responsabilidade Social e Sustentabilidade) gerenciam 50% ou mais das atividades ESG em as suas sociedades, incluindo: comunicação e divulgação (95% muito envolvidos/regularmente envolvidos), definição de metas e medição (95%), planejamento e execução do programa (94%) e classificações ou pontuações ESG (90%).” Estágios de Maturidade ESG “Entre os entrevistados da pesquisa, 64% de suas empresas têm uma estratégia ESG formal; 78% identificaram questões de ESG estratégico; e 61% estabeleceram metas específicas e/ou indicadores-chave de desempenho (KPIs).” Lidando com desafios “Os desafios com o impacto mais severo para os profissionais de Responsabilidade Social e Sustentabilidade (RSE) incluem: restrições de orçamento (35%); falta de recursos humanos (34%); a medição, a comunicação e a divulgação dos resultados (33%); definição de objetivos e metas (32%); e cumprimento de regulamentos ou normas (28%).” Enfrentando os desafios “Os recursos mais comuns que os profissionais de RSE usam para enfrentar os desafios ESG são os consultores especializados em ESG (61%); padrões e/ou orientações ESG externas (58%); e contratações internas (46%). Menos de uma em cinco (17%) relataram o uso de financiamento sustentável para enfrentar seus desafios ESG.” Meio Ambiente é prioridade máxima “Os entrevistados relatam que, quando se trata de ESG, suas organizações classificam por ordem de importância as questões ambientais (53%) que são as mais elevadas, seguidas da governança das sociedades (25%) e das questões sociais (22%).” Suporte para Medição e Relatórios “A maioria dos entrevistados trabalha com provedores de serviços ESG externos para gerenciar medições ou relatórios. Aqueles que não contrataram consultores externos não percebem ou não veem a necessidade ou o valor (29%) ou não o fizeram devido a custos (22%).” Classificações e pontuações ESG “Quase dois terços dos profissionais de RSE e sustentabilidade (61%) dizem que sua empresa tem uma classificação de risco ESG ou pontuação. As empresas estão usando suas pontuações principalmente para relatórios anuais de RSE/ESG (28%) e relações com investidores (27%).” As empresas precisam ganhar continuamente a confiança das partes interessadas com base em suas ações anteriores, mas também com sua visão de médio e longo prazos, que norteiam as ações futuras. Para tanto, o destaque especial em ESG ajuda a direcionar estas ações. As empresas precisam se antecipar a questões e eventos futuros, construindo um propósito em seus modelos de negócios e demonstrando que eles beneficiam as diversas partes interessadas e a sociedade em geral. Embora as métricas relacionadas a ESG ainda não estejam maduras, nota-se sua melhora ao longo do tempo, revelando uma tendência para a consolidação de estruturas de relatórios e divulgação ESG. Provedores privados de classificações e pontuações, como MSCI, Refinitiv, S&P Global e Sustainalytics, por sua vez, estão competindo para fornecer medidas úteis e padronizadas para refletir o desempenho em ESG. Se percebe também uma regulamentação cada vez mais ativa com requisitos mais detalhados, demandando uma divulgação mais precisa e robusta das empresas. As Tendências Conforme relatório da MCSI, as principais tendências na área se concentram nas questões climáticas, como enumeramos a seguir: Empresas pressionam outras empresas da sua cadeia de suprimentos para reduzir a emissão de carbono; As emissões de carbono estão sob escrutínio público; Tendência de se desfazer de ativos poluidores, como carvão; O constante aquecimento global leva a desastres climáticos, não dando alternativas que não a redução de emissões; Diminuição do greenwashing, em função de maior transparência; Aumento da regulação; Rating e indicadores passam a ser usados por investidores, mídia e público em geral; Necessidade de alterar a produção de alimentos e hábitos alimentares para reduzir os danos climáticos e a perda de biodiversidade; Surgimento de novas bactérias e novos problemas de saúde; Constatação de que os esforços e investimentos devem considerar as populações mais vulneráveis no mundo. ESG e propósito: comece pelo por quê “Propósito alinha estratégia, cultura e marca” (…) “As transformações não podem ser apenas estrategicamente focadas. Elas também devem envolver o coração e o lado das pessoas do negócio.” (Forbes) Toda empresa tem, ou deveria ter, um propósito declarado ou implícito – uma razão de ser, que a torna única, diferenciando-a das demais, uma proposta de valor que vai além do lucro. O propósito ajuda a responder à pergunta: “O que a sociedade, empregados, clientes e demais partes relacionadas perderiam se essa empresa deixasse de existir?” Não se trata aqui de produtos ou serviços de qualidade, ou da riqueza que distribui (ou compartilha). Vai além dos resultados tangíveis constantes em balanço. “O propósito âncora da organização, dando aos trabalhadores um senso de “por quê” eles fazem o que estão fazendo. O “porquê” transforma auto interesse em interesse compartilhado”. (Korn Ferry). “Uma declaração de propósito significativa é nítida e clara. É uma declaração que articula não apenas porque você existe, mas quem e como você está fazendo uma diferença única para aqueles que você serve, para suas comunidades, para seus clientes, para suas partes interessadas. Na verdade, é uma declaração que inspira e, idealmente, transcende o tempo.”( Korn Ferry) O propósito se traduz na preocupação constante com os aspectos humanos, do indivíduo à humanidade em geral, em uma visão contrária ao individualismo. Tem como foco o ser humano. Privilegia o bem estar, a inclusão e a igualdade, preserva o meio ambiente, leva a uma atuação ética, íntegra, que inspira confiança, que exerce poder com humildade. Conforme destaca a Deloitte: “Acreditamos que, quando incorporado na estratégia, cultura e operações diárias da organização, o propósito realmente gera valor para a organização e suas partes interessadas. No entanto, embora haja evidências que sugiram que as organizações entendam a importância do propósito, dada a crescente ênfase na ação social de investidores e outras partes interessadas, também observamos que as organizações muitas vezes lutam com a natureza intangível do propósito. Pode ser um desafio tanto medir o propósito quanto incorporar o propósito nas principais operações de negócios – mas não fazê-lo tem custos. Corre o risco de alienar os funcionários que querem que sua organização mostre propósito, bem como os clientes que querem comprar de uma marca cujos valores se alinham com os seus. E, se o propósito é meramente falado e não vivido, pode abrir a organização a alegações de purpose washing ou green washing.” O entendimento do propósito, facilita o alinhamento dos empregados com os objetivos das empresas, sua visão e missão. O senso de propósito disseminado ajuda a direcionar decisões e ações, de forma consistente, coerente. Segundo a McKinsey: “Apesar desses desafios, nossa pesquisa descobriu que 70% dos funcionários disseram que seu senso de propósito é definido por seu trabalho. (…) “O resultado é que, embora as empresas e seus líderes possam ter uma grande influência sobre o propósito individual de seus funcionários, eles têm controle direto limitado sobre ele. As empresas, portanto, precisam encontrar os funcionários onde eles estão, a fim de ajudá-los a otimizar seu senso de realização do trabalho.” De acordo com a Korn Ferry o propósito é o primeiro de 5 pilares que tem como foco as pessoas nas organizações : “Propósito é mais do que apenas as palavras em um relatório anual de ESG e Sustentabilidade. Todo mundo precisa ter um propósito próprio. Quando bem sucedido, ele está incorporado em tudo o que você faz dentro de sua organização – é uma parte da fibra, parte do porquê, parte de tudo o que você toca. Ao fazê-lo com sucesso e quando você sabe que o propósito é de propriedade de todos, você o vê refletido em como você atende seus clientes, comunidades e talentos. Com o propósito no centro, todos na organização têm um papel em vivê-lo e possuí-lo.” Cabe às lideranças um papel especial na definição e disseminação do propósito, alinhado à estratégia e objetivos. Ao líder cabe “dar o exemplo”. Seu comportamento é um “espelho” para os demais. Alinhá-lo ao propósito é condição fundamental. Assim, o propósito se torna um agente motivador, inspirador para todos, direcionando as ações, influenciando as interações dentro e fora das empresas. O propósito deve ser comum a todos. A discussão sobre propósito e sobre ESG deve fazer parte da pauta da alta liderança, associada ao valor estratégico, traduzida em objetivos, metas e práticas. Trata-se de uma mudança de mindset, onde se privilegiam princípios e valores que têm como foco o ser humano para a condução dos negócios, em benefício de todos. As organizações em geral orientadas pelo propósito têm como prioridade a geração de valor sustentável, considerando dimensões que vão além das meramente financeiras, que colocam as pessoas (indivíduos, grupos e sociedade) realmente no centro, demonstrando de forma clara e transparente através de políticas e de ações seus compromissos duradouros, “olhando para o futuro”. .fb-background-color { background: !important; } .fb_iframe_widget_fluid_desktop iframe { width: 100% !important; }
Liderança Consciente move a empresa em direção à prática ESG
Está no DNA da Dynamica buscar formas de contribuir com as organizações nesta fase de constantes mudanças. Unindo nossa expertise em Transformação Organizacional e Cultura, contamos com o apoio permanente de especialistas em sustentabilidade, meio ambiente e transição justa do trabalho para uma nova economia e criamos soluções para assessorar as organizações na adequação aos indicadores do ESG. Nesta edição do blog trouxemos algumas reflexões com a ajuda e esclarecimentos de nosso convidado Ricardo Young, um dos principais líderes do empreendedorismo socioambiental do país. Uma conversa rica sobre a importância da sustentabilidade para os negócios e os caminhos para os primeiros passos. A relação entre ESG (do inglês Environmental, Social and corporate Governance), programas de Responsabilidade Sociais, ODS e Capitalismo Consciente. Despertar da consciência socioambiental Segundo Ricardo, sua história o levou a uma consciência da diversidade desde sempre: “Dirigi uma organização de franquias – o Yázigi – e este sistema é sociocrático por definição, não há uma relação hierárquica e para correr saudável tem que incorporar os franqueados na gestão. O primeiro documento da Associação Brasileira de Franchising foi o código de Ética.” Nas organizações ainda há um caminho a percorrer deste despertar, mas segundo Ricardo, como parte natural da evolução: “Na década de 80, quando fundamos o Ethos, 1os movimentos importantes de responsabilidade social, falávamos de indicadores, mas não tínhamos clareza do quanto eles deveriam estar internalizados na gestão da organização. Isto melhora na segunda metade da década de 2000 quando começamos a medir o impacto de carbono e em 2010 o impacto hídrico. São vários conhecimentos adquiridos ao longo do caminho, que agora entram nas pautas dos conselhos. Mas não é só fazer; é ser, antes do fazer. Sustentabilidade não se faz, você é ou não é sustentável”, pondera. Ele explica que ainda não é parte da formação dos gestores das organizações o conhecimento dos fundamentos das dimensões social e ambiental, mas o mundo vem evoluindo e hoje as empresas devem dominar e se capacitar nas métricas para medir seu impacto ambiental e social. Para isso, a empresa precisa de uma governança que tenha esta visão sistêmica e que inclua esta métrica na gestão da organização: “É pressuposto que toda empresa conheça o básico da economia, dos fundamentos econômico-financeiros de uma organização, mas não que entenda a dimensão social e a dimensão ambiental. Não são conhecimentos banais – o que é mudança climática, quais são os indutores de uma mudança climática, o que é esta crise climática, como atinge sistemicamente os negócios, os mercados, quais são os indicadores das mudanças climáticas; se você está positivou ou negativo em relação ao tema. No âmbito social, entender o que é desigualdade, quais são os elementos que determinam a desigualdade, o que a empresa pode fazer para mitigar a desigualdade além da promoção da diversidade e da inclusão social ou da filantropia. Como uma empresa pode atuar na sua cadeia de negócio ou na sua atividade fim para promover a igualdade social ou mitigar a desigualdade”. O líder consciente vê o coletivo primeiro “Relações de qualidade são aquelas que não se rompem pela mudança das circunstâncias ou pelo erro das partes.”, esta frase de Max Feffer, que foi diretor-presidente do grupo Suzano até 2001 e chegou a ser considerado o 5º homem mais rico do Brasil – demonstra o posicionamento de um líder que entende que o interesse genuíno pelo outro é a base de uma conexão forte e resiliente, que se adapta às mudanças das circunstâncias. “O outro pode errar, as circunstâncias podem mudar e vitimizar o outro, mas deve-se procurar entender de que forma o vitimizou e não o acusar. O Líder inspirador tem um propósito que vai além do seu interesse individual, do seu objetivo profissional e procura, em todos os campos da sua vida realizar algo para o coletivo, não importa sua dimensão. Pode ser só para seus poucos funcionários. Associo a liderança inspiradora àquela que ao colocar a prioridade no outro cria as condições para que ele se desenvolva. Líder inspirador é um cultivador de talentos.”, pondera Ricardo. E, complementa: “Um líder inspirador, com propósito, sobretudo vê o coletivo primeiro, tem permanentemente a questão de como fazer o que faz de modo a criar mais valor para as pessoas – seja cliente, fornecedor, colaborador. Tive experiências incríveis de momentos em que fornecedores não conseguiam atender as demandas e passavam por maus bocados e ao invés de penalizá-lo, procurávamos entender seu problema. O dia em que eu tive problemas de fluxo de caixa, numa crise da década de 80 quem nos ajudou foram os fornecedores.”. Como manter e sustentar uma cultura de responsabilidade socioambiental nas organizações? “A partir do momento em que a organização é eficiente, eficaz, dá resultado, existe para quê? Criar uma visão de futuro, não do dono, mas construída por todos é o que mantém a determinação. Quando sonhamos juntos, este sonho pertence a todos e sua realização é uma ambição de todos.” Capitalismo consciente: conceitos e práticas Eleito o prêmio nobel da paz em 2006 e considerado o criador do microcrédito na década de 70, Muhamed Yunos, costuma dizer que uma empresa é um dos engenhos mais sofisticados da inteligência humana. Pena que seja usada apenas para fazer dinheiro. Como um fundador de um banco e um empresário, com mais de 50 empresas em Bangladesh pode mencionar isso? Por experiência. Suas empresas são a maior parte sociais (não se limitam ao lucro), seu banco bem diferente dos tradicionais, é focado na concessão de microcrédito a produtores rurais pobres, em sua maioria mulheres. O Prêmio Nobel da Paz, de acordo com o comitê responsável pela premiação, foi um reconhecimento “aos seus esforços para gerar desenvolvimento econômico e social a partir da base, contribuindo para o avanço da democracia e dos direitos humanos”. Capitalismo e Consciência podem caminhar juntos. O acadêmico que desenvolveu esta pesquisa chama-se Raj Sisodia. Reconhecido internacionalmente por ter desenvolvido trabalhos pioneiros em marketing e estratégia de negócios, ética em marketing e produtividade, gestão de stakeholders e liderança, foi o co-fundador da ONG americana Conscious Capitalims Inc. Difunde a filosofia sobre condução de negócios de forma mais humanizada e consciente; quando uma empresa pensa no lado humano de seus colaboradores antes mesmo de pensar na escala e no lucro. No Brasil, existe a ONG Instituto Capitalismo Consciente Brasil (ICCB), que realiza eventos e publica materiais para difundir o tema. ODS e Pacto Global: mobilização das organizações e sociedade civil Você sabe o que é ODS ou Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, da ONU? Você os leu do início ao fim? Como a sua empresa pode contribuir para alcançá-los? Em 2015, a ONU propôs aos seus países membros uma nova agenda de desenvolvimento sustentável para os próximos 15 anos, a Agenda 2030. Os ODS são compostos por 17 objetivos e 169 metas. Nesta agenda estão previstas ações globais nas áreas de erradicação da pobreza, segurança alimentar, agricultura, saúde, educação, redução das desigualdades, energia, água e saneamento, padrões sustentáveis de produção e de consumo, mudança do clima, crescimento econômico inclusivo, infraestrutura, industrialização, entre outros. São 4 os temas que envolvem os ODS: social, ambiental, econômica e institucional. “As ODs talvez sejam o maior e mais significativo conjunto de políticas públicas e privadas que possui alto grau de consenso no mundo inteiro. São efetivamente a melhor resposta civilizatória para a ameaça climática e da decomposição da democracia em função da desigualdade social. Além de serem Objetivos de políticas públicas e privadas são também um repertorio ético que baliza o comportamento da política e das empresas em relação à sociedade”, considera Ricardo. Ele também aponta que suas metas concretas funcionam como o melhor fio condutor de uma estratégia ESG: “ESG e ODS são absolutamente interdependentes. Não dá para pensar num mundo com aquelas ODS sem empresas ESG e ESG só passa a ter sentido se der respostas aos objetivos do desenvolvimento sustentável”. Então se sua empresa quer implementar estratégias ESG, ler as ODS é um bom início. O setor privado tem um papel essencial nesse processo e o Pacto Global é o principal canal da ONU de sustentabilidade corporativa do mundo, com mais de 16 mil membros, entre empresas e organizações, distribuídos em 69 redes locais, que abrangem 160 países, segundo o seu site. Com a missão de engajar as empresas para esta nova agenda de desenvolvimento, realiza iniciativas como a Liderança com Impacto incentivando líderes (CEOs) a alinharem suas estratégias e operações ao atingimento das ODS. As empresas inscrevem os seus CEOs para integrarem a iniciativa e as candidaturas são avaliadas a partir de critérios de engajamento e integridade. Ao mostrar interesse em fazer parte, a empresa indica um ODS no qual o seu presidente irá se posicionar com mais ênfase e descreve o que vem fazendo para contribuir com o avanço deste objetivo específico. Carta da Terra: outra referência importante quando o tema é responsabilidade socioambiental A redação da Carta da Terra foi feita por um processo de consulta aberto e participativo jamais realizado em relação a um documento internacional. Milhares de pessoas e centenas de organizações de todas as regiões do mundo, diferentes culturas e diversos setores da sociedade participaram. Por dois anos, ocorreram reuniões que envolveram 46 países e mais de 100 mil pessoas, desde favelas, comunidades indígenas, universidades e centros de pesquisa, até que, em março de 2000, no espaço da Unesco, em Paris, foi aprovado o texto final da Carta da Terra. “Para mim, o correspondente da declaração universal dos direitos humanos hoje é a carta da terra”, declara Young. “Além do texto belíssimo, nos faz refletir sobre o nosso papel social no mundo”. A Carta da Terra é uma declaração de princípios éticos fundamentais para a construção de uma sociedade global justa, sustentável e pacífica. Busca inspirar todos os povos a um novo sentido de interdependência global e responsabilidade compartilhada voltado para o bem-estar da humanidade e das futuras gerações. Ricardo Young mantém as esperanças na evolução e cada vez maior abrangência aos movimentos de consciência individuais e coletivos: “Embora a política atual esteja muito atrasada e regredindo em relação aos ODS e incentivos a adoção a estratégias de ESG, a sociedade civil e o meio empresarial não estão, têm se mobilizado, mantido o trabalho de divulgação e se unido a questões que não podem mais ser ignoradas, pois estão diretamente ligadas à continuidade da vida e a uma consciência coletiva”. DICAS DA DYNAMICA Comece com pequenas ações, assegurando o bem-estar do seu time Desenvolva um interesse genuíno pelo outro Construa com seu time uma visão de futuro para a organização Eduque-se para um desenvolvimento sustentável: veja as referências deste blog Examine seus valores: o que você tem feito em prol do coletivo? O seu discurso e prática estão condizentes? Em todas as suas dimensões de atuação? Alinhe-os. Somos especialistas em estratégia, cultura e mudanças. Conte com a gente! Ricardo Young é empresário, um dos fundadores e foi presidente do instituto Ethos e da ABF – Associação Brasileira de Franchising. Professor no tema de ética e integridade, no Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, destacou-se na defesa da Sustentabilidade, como um dos disseminadores da Carta da Terra no Brasil. Participou da fundação do Movimento Nossa São Paulo e do Fórum Amazônia Sustentável. Hoje é um dos principais líderes do empreendedorismo socioambiental do país. Preside o Conselho deliberativo do Ethos e o Instituto Democracia e Sustentabilidade. É sócio-diretor na Culture, Transitions and Integrity, especializada em desenvolvimento e arquitetura organizacional. .fb-background-color { background: !important; } .fb_iframe_widget_fluid_desktop iframe { width: 100% !important; }
Confraternizações à distância: ainda mais conectados
As confraternizações são momentos muito esperados pelos colaboradores, pois propiciam a conexão de todo o time para o fechamento do ano com os resultados da empresa e o planejamento para os próximos trimestres. Este ano, segundo pesquisa levantada pela Ticket (empresa de benefícios em alimentação e refeição), cerca de 89% dos funcionários esperam por uma confraternização. Diante do cenário atual de distanciamento social, a maioria das organizações está adaptando a forma de reunir o time. Saiba mais nos próximos parágrafos. Promover uma confraternização especial, mesmo à distância, seja de fim de ano, cumprimento de metas ou aniversários, é fundamental para fortalecer a união, o conhecimento da cultura organizacional e a motivação dos times. Isto demonstra que a organização se preocupa em promover um ambiente saudável e melhora a percepção que a equipe tem da empresa. Mas como fazer isso tendo em vista a necessidade de distanciamento social? Adaptação é a palavra-chave! 2020 foi um ano que demandou de empresas e sociedade uma abertura a mudanças e criatividade para lidar com situações novas. Bares, salões e sítios se ajustaram para atender às novas demandas: celulares, computadores e tablets fazem parte das festas, que agora nos conectam com todos em qualquer lugar do mundo. As confraternizações tendem a ser mais intimistas e predominantemente online, visando à segurança de todos, mas sempre mantendo o envolvimento e conexão de todos da equipe. Os aprendizados que merecem ser comemorados! Apesar dos desafios que este ano trouxe em todos os setores, ficaram alguns aprendizados importantes, como a necessidade de apoio coletivo, de uns cuidarem dos outros; dos líderes e empresas passarem a se preocupar genuinamente com a saúde física e mental de seus times e de suas adaptações ao novo modelo de trabalho. Foi o que mostrou a matéria que fizemos sobre o novo normal no ambiente corporativo. A Dynamica, sempre com a finalidade de prestar sua contribuição ao mercado no apoio do melhor entendimento sobre os novos caminhos empresariais, realizou, ainda, em julho/2020 a pesquisa Comportamento da gestão empresarial no novo cenário, com 214 profissionais de empresas dos setores de Serviços, Indústria, Saúde, Comércio e Varejo, Órgãos públicos e Entidades de Classe. A pesquisa levantou, entre outras informações, quais ações as empresas vinham conduzindo para cuidar de seu pessoal nesse momento de isolamento social. Solicite o resultado da pesquisa na íntegra aqui! Contribuímos ainda com discussões pertinentes ao mercado empresarial com 4 edições do Encontros para mudanças, um evento gratuito que reuniu profissionais de diferentes áreas para debateram sobre Planejamento, Transformação Cultural e Digital nas Organizações; O novo perfil das Lideranças; A formação de times de alta performance e como manter a competitividade neste cenário incerto, complexo e volátil. Em nosso Blog, fizemos a retrospectiva dos melhores momentos destes Encontros. Um brinde às conquistas de 2020 e esperanças para 2021! Já vimos que há muito a comemorar e a agradecer. Então aproveite a “festa da firma”, momento em que é possível a conexão, de forma mais despojada e informal, e se relacione com todos, ativando seu networking e aproveite para relaxar e recarregar as energias. A empresa, por sua vez, pode reforçar ao colaborador seus valores e demonstrar que se importa com o bem-estar de seus colaboradores e reconhece o esforço de todos para alcance dos resultados. Isso é fundamental para o employer branding (fator que descreve a reputação da empresa como um bom local de trabalho e sua proposta de valor para o funcionário). Além disso, a confraternização também pode ser um termômetro do clima organizacional. Uma abstenção significativa deve ter seu motivo mapeado e analisado. Afinal, se os colaboradores estão felizes com seu trabalho e com a empresa, vão querer celebrar e participar desse momento de descontração. Novos formatos, antigos fortalecimentos dos laços Como se manter inovador nas confraternizações? A criatividade deve ser o foco do planejamento dessas festas virtuais, algumas empresas optam por enviar comidas e presentes para a casa do colaborador, outras apostam em lives de música ao vivo que incluam todos os times e tem aqueles que optam por comemorações pelo sistema drive in, que teve grande alta nos últimos meses. Ainda segundo dados da pesquisa feita pela Ticket, 66% das organizações vão entregar algum presente aos colaboradores, cerca de 32% darão cestas de Natal, 20% pretendem presentear os funcionários com dinheiro e 14% vão apostar em presentes físicos. Já vimos que o Planejamento é fundamental para diversos aspectos das organizações, inclusive para a organização de uma festa. Colha informações de seu time, veja o que a equipe espera e alinhe as expectativas com o que a empresa pode proporcionar. Pense em ideias inovadoras e que tragam mais interatividade durante as atividades online. Premiações e reconhecimentos também são uma boa forma de engajar os colaboradores nestes eventos. Analise o cenário da empresa e avalie se vale a pena destacar algum colaborador ou equipe que executou serviços excepcionais durante o ano. Ou faça sorteios entre todos pelo simples prazer de gerar uma expectativa saudável. Independentemente do tamanho, porte, formato ou recursos da empresa, é importante aproveitar o momento de confraternização para trazer pautas relevantes, presentes nas discussões das empresas, reforçando seus valores, a fim de que todos possam opinar e se sensibilizar: diversidade e inclusão (D&I) ; questões ambientais, sociais e de governança a necessidade do desenvolvimento constante são alguns bons exemplos. Dicas da Dynamica O ano foi difícil e exigiu uma adaptação de todos. Comemore. Aposte em uma comunicação fluida e aberta a todos. Dialogue. Estamos isolados socialmente, mas nunca desconectados. Interaja. Conviva com as incertezas de 2021. Planeje-se Flexibilize sua forma de pensar e de agir. Transforme-se. Busque autoconhecimento e evolução. Desenvolva-se. Valorize as pessoas que ama e respeita. Agradeça. A Dynamica Consultoria estima os melhores sentimentos a nossos amigos, parceiros e clientes. Boas confraternizações! Recebam o abraço caloroso virtual de toda a nossa equipe! Manteremos nosso escritório em funcionamento, com exceção de 24 e 31/12. Somos experts em planejamento, mudanças, cultura e desenvolvimento. Conheça mais do nosso trabalho e aposte no melhor para o seu time! .fb-background-color { background: !important; } .fb_iframe_widget_fluid_desktop iframe { width: 100% !important; }
ESG: A sigla que define mudanças nas organizações em todo o mundo
Foi-se o tempo em que a única preocupação de investidores era o lucro gerado por meio de suas aplicações, hoje, além do retorno financeiro, eles buscam por empresas comprometidas com questões ambientais, sociais e de governança. Esse novo movimento, conhecido como ESG (do inglês environmental, social and corporate governance), vem ganhando força no Brasil, principalmente após o acidente na barragem da Vale em Brumadinho (MG) no início deste ano. A Dynamica sempre teve essa questão nos seus valores, desde sua fundação. Temos apoio permanente de especialistas em sustentabilidade, meio ambiente e transição justa do trabalho para uma nova economia. Unimos a expertise da empresa em Gestão de Mudanças e Cultura e criamos soluções para assessorar sua empresa na adequação aos indicadores do ESG. Entenda, nos próximos parágrafos, como o ESG impacta a tomada de decisões no mercado de investimentos brasileiro e como nós podemos auxiliar a sua empresa na adaptação a estes padrões. ESG: O bê-a-bá dos novos negócios. E – Indicadores de sustentabilidade Sendo um dos mais importantes pilares de uma empresa, a sustentabilidade tornou-se ponto focal de grandes investidores, isso porque, ao apostar em empresas que possuem a sustentabilidade intrínseca aos valores da organização o investidor entende quais são as relações entre empresa e meio ambiente e suas dependências ambientais, seja na produção ou venda de produtos e serviços. Neste caso são levados em consideração os posicionamentos da companhia sobre aquecimento global e emissão de carbono, poluição do ar e da água, biodiversidade, desmatamento, eficiência energética, gestão de resíduos e escassez de água, por exemplo. S – Métricas Sociais Há uma análise de como a companhia se porta frente aos colaboradores, fornecedores e clientes. É preciso entender a forma que a empresa garante o desenvolvimento e bem-estar de todos os envolvidos nos processos de trabalho interno ou externo. Alguns pontos de destaque são: Satisfação dos clientes; Proteção de dados e privacidade; Diversidade da equipe; Engajamento dos funcionários; Relacionamento com a comunidade; Respeito aos direitos humanos e às leis trabalhistas. G- Critérios de Governança Corporativa Governança corporativa diz respeito à relação que donos e demais sócios de empresas possuem e quais valores regem a administração da organização. Uma boa governança é aquela que não pensa apenas no lucro líquido para os acionistas, mas envolve toda a cadeia de stakeholders neste processo. Para ser considerada uma empresa que pensa na sociedade e no meio ambiente, não basta colocar isso em seu planejamento, é preciso contemplar todos os envolvidos nestes processos: acionistas, investidores, fornecedores, colaboradores e a comunidade em geral. São 04 princípios básicos que permeiam as práticas de governança corporativa: Transparência: É preciso entender que todas as informações da sua empresa, sejam elas positivas ou negativas, influenciam na vida dos stakeholders que investem em sua organização. Dessa forma, ser transparente torna-se uma obrigação para empresas que querem enquadrar-se nos índices ESG. Equidade: Trata-se de compartilhar informações, garantir o conhecimento de todos os dados importantes da empresa e horizontalizar a informação a todos os envolvidos, sejam eles colaboradores, clientes, fornecedores ou investidores. Prestação de contas: Segundo o IBCG (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa): “Os agentes de governança – sócios, administradores, conselheiros, auditores, conselho fiscal e conselho de administração – devem prestar contas de sua atuação de modo claro, conciso, compreensível e tempestivo, assumindo integralmente as consequências de seus atos e omissões e atuando com diligência e responsabilidade no âmbito dos seus papéis”. Ou seja, cumprir metas (KPIs) e prestar contas, com clareza foge aos intramuros da empresa. Responsabilidade corporativa: Ter responsabilidade corporativa é prestar um bom papel no tratamento dos colaboradores, na preservação do meio-ambiente, no comércio mais justo, entre outros. Empresas que prezam pela responsabilidade corporativa impactam positivamente seus stakeholders administrando a viabilidade financeira do negócio, aumentando o lucro e mapeando o mercado à longo prazo. ESG e a mudança de mindset dos investidores Vale lembrar que, mesmo estando em seus primeiros passos aqui no Brasil, o ESG tornou-se um padrão de mudança para um bem maior. Agora com mais notoriedade, devido a posicionamentos de grandes empresas como Apple e Microsoft sobre a emissão excessiva de CO², profissionais do mercado financeiro estão cada vez mais atentos à forma que as organizações se portam perante estes assuntos. O consumo excessivo de bens naturais é responsável por problemas diversos em todo o mundo e empresas que visam um futuro menos prejudicial ao meio ambiente e que estão aptas a mudar sua forma de consumir os insumos da natureza são as escolhidas como pupilas dos novos investidores. Por isso, o tempo de mudar é agora. É preciso entender que não é mais sobre o dinheiro e sim sobre o posicionamento e influência que a sua organização tem na sociedade e no meio ambiente. Na sua empresa quais são as mudanças necessárias? Todo processo de adequação em uma organização é parte de um projeto de mudança, transformação cultural e adequação de mindset, para o ESG, vale a mesma máxima. Para garantir uma boa adaptação é preciso que todos os envolvidos na organização compreendam e saibam lidar verdadeiramente com o tema. Além de garantir que os valores e propósitos da empresa estejam alinhados a questões ambientais, sociais e de governança, é necessário preparar as equipes para que estejam aptas a encarar as mudanças trazidas pelo ESG. Contar com uma empresa parceira é a forma mais rápida e segura de adequar-se a estes padrões, a Dynamica tem a expertise, metodologia, time especializado e ferramentas para apoiar sua empresa neste processo. ESG no Brasil O foco no ESG começou a se intensificar recentemente no Brasil, com investidores de todo o mundo mais atentos a questões sociais e ambientais as empresas que prezam por um posicionamento alinhado com estes valores saem na frente quando o assunto é investimento. Em 2020 por conta de toda a instabilidade financeira e política, o nosso país se viu em um cenário crítico em frente a demais potências mundiais. Segundo dados do Ibovespa, no primeiro semestre de 2020 os investidores retiraram o valor recorde de R$76,5 bilhões de investimentos em fundos brasileiros. Um dos pontos mais negativos para as instituições brasileiras este ano, além da crise na saúde, foi a alta degradação da Amazônia e o descaso com os impactos que isso causou. Com todos estes acontecimentos, indústrias foram forçadas a passar por um processo de adaptação em suas produções tendo a sustentabilidade como alicerce para se reerguer neste novo cenário. Os fundos baseados em ESG no Brasil ainda são poucos, mas o país caminha em direção a uma melhora. Para os próximos anos, empresas precisam entender o real impacto de suas produções no meio ambiente e na sociedade, adequar estes fatores com uma visão dos riscos e oportunidades geradas e comunicar-se com investidores de forma consciente e transparente. Os líderes, gestores e conselhos de administração são parte fundamental para a evolução deste movimento. Eles são os responsáveis por integrar assuntos relacionados a ESG em seus planejamentos e na rotina de atividades de todos os colaboradores fugindo do greenwashing – estratégia de marketing que promove discursos de empresas que se dizem ecologicamente corretas a fim de minimizar os impactos causados ao meio ambiente. Os líderes do futuro precisam basear-se em propósitos e valores reais sempre com atenção aos pontos levantados pelo ESG. Dicas da Dynamica Comece com a análise do ambiente, veja quais são os pontos mais fáceis de serem adequados; Seja transparente e envolva todos os stakeholders nos processos de mudança; Desenvolva times que consigam lidar com as transformações; Alinhe a cultura da sua empresa com os moldes do ESG; Conte com uma empresa expert em estratégia e mudanças para te auxiliar neste processo. Não perca os próximos cursos e eventos da Dynamica: Termine o ano com a sua certificação em GMO. O curso começa em 3 dias. – Acesse e confira. Último Encontro para Mudanças de 2020: Gestão & Pessoas – Construindo times de alta performance. .fb-background-color { background: !important; } .fb_iframe_widget_fluid_desktop iframe { width: 100% !important; }